Prefeitura de Goiana suspende contratações após ação e notificação do MPPE

Ana Luiza Melo | Publicado em 08/08/2025, às 15h48 - Atualizado às 16h10

A Prefeitura de Goiana anunciou a suspensão de novas contratações temporárias após receber notificação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). - Foto: Divulgação
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A Prefeitura de Goiana anunciou a suspensão de novas contratações temporárias após receber notificação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

A decisão foi tomada em reunião realizada nesta semana, na sede da Promotoria de Justiça local, com participação de representantes da Procuradoria Geral e das Secretarias de Finanças, Educação e Administração.

O encontro teve como objetivo alinhar o cumprimento de uma decisão judicial que tramita desde 2024 na 1ª Vara Cível e que busca criar critérios claros e transparentes para contratações temporárias no serviço público municipal.

Durante a reunião, a gestão municipal assumiu o compromisso de, no prazo máximo de 30 dias, elaborar e apresentar ao Ministério Público de Pernambuco um plano de trabalho que regulamente o processo de admissões, assegurando que toda nova contratação siga estritamente a legislação vigente.

A Prefeitura informou que o levantamento das informações solicitadas já está em andamento e reforçou que a medida busca garantir transparência, organização e respeito às normas.

Apesar de o processo ter origem em gestões anteriores, a atual administração afirmou que manterá o foco na legalidade e na eficiência dos serviços prestados à população, evitando irregularidades e assegurando que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável.

O site Jamildo.com apurou dados do MPPE sobre as gestões anteriores do município. No site da instituição, em 2020 foram identificadas 443 contratações ilícitas. Já em 2023 haviam contratos temporários que chegavam a quase R$ 3 mil cada. E em 2025, a nova gestão suspendeu contratos de R$ 21 milhões. 

Desafio Orçamentário Herdado

No primeiro dia de trabalho como prefeito efetivo de Goiana, Marcílio Régio foi surpreendido com uma realidade financeira delicada: 85% do orçamento previsto para 2025 já havia sido comprometido nos primeiros seis meses pela gestão interina de Eduardo Batista. Conforme alertaram aliados, “eles empurraram o pé, em três ou quatro pastas, e agora o novo prefeito vai ter que se virar nos 30, para gerir a cidade por seis meses com 15% do orçamento restante”. 

Goiana MPPE Contratações

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