Ana Luiza Melo | Publicado em 28/09/2025, às 17h09 - Atualizado às 17h19
O levantamento Pulso Brasil, realizado pelo Instituto IPESPE, em setembro de 2025, indica uma consolidação da desaprovação do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entre os eleitores brasileiros, bem como uma percepção de que sua proximidade é um fator prejudicial para as eleições de 2026 no Brasil.
De acordo com a pesquisa, 61% dos brasileiros desaprovam a gestão de Trump, enquanto 30% a aprovam.
Os dados foram coletados entre 19 e 22 de setembro de 2025, com 2.500 entrevistas, e apresentam margem de erro de ±2.0 pontos percentuais para o total da amostra.
A desaprovação ao presidente americano manteve trajetória de alta. O saldo negativo (desaprovação menos aprovação) atingiu -31 pontos percentuais em setembro, quase o dobro do registrado em maio do mesmo ano, que foi de -16.
A rejeição se manifesta de forma consistente em diferentes espectros políticos: embora 97% da esquerda desaprove, 70% do centro e, notavelmente, 20% do grupo que se identifica como direita também manifestam desaprovação ao governo Trump.
Em contraste com a percepção sobre a gestão americana, a população brasileira aprova a postura do governo federal diante de temas críticos.
A pesquisa abordou a reação do Brasil frente ao "tarifaço" e às sanções impostas por Trump:
53% dos entrevistados aprovam o comportamento do governo brasileiro no enfrentamento da crise comercial. Este índice representa um saldo positivo de 12 pontos , triplicando o saldo de 4 registrado apenas dois meses antes, em julho de 2025.
O site Jamildo.com noticiou, em agosto, a cautela dos líderes brasileiros com o tema.
O fator Trump também é visto como negativo para a corrida eleitoral brasileira de 2026.
A maioria, 57%, acredita que o apoio ou a proximidade de Trump a um candidato a presidente mais o prejudicará do que ajudará.
Apenas 29% veem o apoio como algo positivo. No detalhamento por ideologia, a oposição a esta influência é maciça, alcançando 90% na esquerda, 66% no centro e, de forma expressiva, 21% na direita.
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