Jamildo Melo | Publicado em 26/11/2025, às 09h55 - Atualizado às 10h28
A próxima eleição municipal no Brasil está marcada para outubro de 2028. Embora distante no tempo, no Recife, o partido Novo já faz planos e deve tentar alçar o vereador do Recife Eduardo Moura como possível candidato a perfeito do Recife.
O partido vê uma chance de emplacar um nome na sucessão de João Campos, ao apostar que o vice-prefeito do Recife Victor Marques não irá para a reeleição, ao concluir o mandato (especula-se que João Campos saia candidato ao governo em 26, abrindo mão de dois anos de mandato).
"Ele vai apenas esquentar a cadeira para um nome do PSB. O mais provável deles será Pedro Campos (deputado federal e irmão de João Campos)", afirmam, nos bastidores, ao site Jamildo.com.
De acordo com essas informações de bastidores, caso Raquel Lyra vença a quebra de braço com João Campos, no ano que vem, o partido espera que Eduardo Moura ganha até uma secretaria, para que possa ampliar sua atuação na Região Metropolitana do Recife. Disto, pode-se deduzir que o vereador pode dar apoio a Raquel Lyra já em 2026.
No entanto, há quem aponte — em análises de bastidores — que ele pode priorizar uma candidatura a deputado federal em 2026, em vez da disputa ao governo, visando capitalizar sua base urbana de direita.
Numa pesquisa de agosto de 2025 do instituto Genial/Quaest, Eduardo Moura aparece com cerca de 4% das intenções de voto para governador.
Em levantamento de outubro/novembro de 2025 feito por Datafolha (encomendado por CBN Recife/Caruaru), seu nome também figurou com 4%, mesmo em um cenário com candidatos mais estruturados.
O que esses números representam e quais são as limitações?
Moura ainda está bem atrás dos favoritos: nomes como João Campos (PSB) e Raquel Lyra (PSD) dominam com folga nas simulações.
O fato de aparecer com 4% mesmo sem ter formalizado candidatura indica que há um segmento minoritário simpatizante — possivelmente eleitores insatisfeitos com o establishment ou em busca de “terceira via”.
Como opositor ao prefeito do Recife, Eduardo Moura tem se destacado pelas crítica constantes — tanto na Câmara quanto nas redes sociais — o que o consolida como principal nome da direita outsider em Pernambuco. Superando até mesmo o filho de Gilson Machado.
Eduardo Moura já disse que não descarta a disputa pelo governo. Ele afirmou estar “à disposição” para 2026, dependendo da decisão do partido e da “vontade popular”.
Se decidir ir para a disputa de governo, terá que ampliar visibilidade, estrutura e conseguir romper o teto de “voto de protesto/terceira via”. Mas não tem muito a perder, ganhando já recall para a futura refrega.
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