Yan Lucca | Publicado em 09/01/2025, às 17h37
O deputado estadual Júnior Matuto protocolou, nesta quinta-feira (9), um ofício junto ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) solicitando a abertura de uma Auditoria Especial para investigar a administração orçamentária, financeira e patrimonial da Prefeitura do Paulista no exercício de 2024, último ano da gestão do prefeito Yves Ribeiro.
Entre as denúncias apresentadas por Matuto estão o não pagamento dos salários de dezembro dos servidores efetivos, incluindo professores, a utilização indevida de recursos destinados à educação e uma dívida acumulada de R$ 25 milhões com a empresa responsável pela limpeza urbana do município.
Ex-prefeito de Paulista por dois mandatos, Júnior Matuto destacou o legado de sua gestão e criticou a condução administrativa atual. “Quando entreguei a Prefeitura, mesmo em meio a dificuldades, como a pandemia, deixei recursos em caixa, salários em dia e uma cidade funcionando. Não é fácil administrar, mas o mínimo que se espera de um gestor é compromisso e respeito pelo povo. Por isso, estou cobrando que o Tribunal de Contas apure todas as irregularidades dessa gestão desastrosa”, afirmou o deputado.
Matuto também apontou falhas na transição entre sua gestão e a de Yves Ribeiro. Apesar de classificar a relação entre as administrações como harmônica, ele criticou a falta de aproveitamento dos dias de transição previstos por lei para buscar soluções para os problemas do município.
“A transição é um momento crucial para tomar pé da situação e iniciar a gestão com o mínimo de planejamento. E assusta que mesmo com mais de 60 dias não foi feito esforço para resolver as pendências ou priorizar a população. Quem sofre com essa inércia é o povo de Paulista”, pontuou.
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O parlamentar reforçou sua intenção de seguir atento à administração pública de Paulista e na defesa dos interesses da população. “Paulista não pode ser refém de administrações que não se preocupam com os servidores, nem com a cidade. Estamos falando de pessoas que trabalharam e ficaram sem seus salários, de ruas tomadas pelo lixo e de recursos públicos que simplesmente desapareceram. Isso não pode acontecer. Seguirei atento na defesa do município”, concluiu.
O TCE-PE ainda não se pronunciou sobre o pedido de Auditoria Especial.
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