João Campos faz primeiro gesto com tom de candidato ao Governo ao defender Polo de Confecções

Após a divulgação de que o Governo Federal estuda o aumento da tarifa de importação do poliéster, o prefeito João Campos (PSB) fez um dos seus primeiros gestos mais voltados ao estado, de forma a aparentar uma mudança de postura sobre as eleições 2026. 

Até o PSB admitir que trabalha pela candidatura do prefeito do Recife, João Campos evitava o tom de pré-candidato ao Governo de Pernambuco, essa postura parece estar em modificação. 

Na segunda-feira (20), o líder nacional do PSB afirmou em suas redes sociais que articula com o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), para evitar o aumento da tarifa do poliéster. 

"Reforcei que essa medida preocupa profundamente as empresas do segmento, em especial Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru, cujo dinamismo econômico depende diretamente desses insumos", citou o prefeito do Recife. 

Com diversas visitas ao interior desde o início desse ano, João Campos tem evitado passar longos períodos longe do Recife, para desviar de críticas logo após iniciar um novo mandato. Nos últimos tempos o prefeito parece estar mais aberto a demonstrar o interesse em ações estaduais, tentando angariar público fora da Região Metropolitana do Recife (RMR).

• Quer receber no celular as notícias de Política e Economia do Jamildo.com? Acesse nosso canal do Whatsapp!

Esse seria o primeiro gesto claro de João Campos de intervenção fora do Recife. 

Sobre o possível aumento na tarifa do poliéster importado 

O plano do Governo Federal seria aumentar a taxa de importação do tecido sintético de 14,4% para 16%, o que impactaria no preço final de tecidos e peças produzidas com o material. 

• Confira o Podcast do Jamildo e outros vídeos do Jamildo.com. Inscreva-se no nosso canal do Youtube

Os comerciantes do Polo de Confecções do Agreste argumentam que o aumento no valor das peças produzidas diminuiria a competitividade das empresas locais com o mercado externo, principalmente o chinês. A medida ainda estaria em estudo, autoridades da região afirmam que essas alterações precisariam da consulta ao setor produtivo e estudos técnicos.