Cynara Maíra | Publicado em 22/12/2025, às 13h07
O vereador do Recife Gilson Machado Filho (PL) foi um dos primeiros políticos conservadores a reagir contra a nova campanha de fim de ano da Havaianas.
O parlamentar divulgou vídeo nas redes sociais classificando a peça publicitária, estrelada pela atriz Fernanda Torres, como "absurda" e com viés ideológico. Segundo sua assessoria, ele foi o primeiro político a se posicionar publicamente contra a marca.
O ponto da discórdia é o texto do comercial. Nele, a atriz diz: "Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito". A frase, um trocadilho com superstições de Ano Novo, foi interpretada por oposicionistas como uma indireta política contra a direita e uma alusão ao espectro político.
Gilson Machado Filho questionou a suposta politização de marcas tradicionais. "Será que além de não usar vermelho no Natal, agora também vamos boicotar as Havaianas? Erraram feio", afirmou. O vereador chegou a comentar na postagem da atriz, avisando que começaria o ano "com os dois pés em outra marca".
"O consumidor brasileiro não é massa de manobra. Quando uma empresa escolhe um lado ideológico, ela precisa estar preparada para perder clientes", declarou o parlamentar.
A Alpargatas, empresa dona da Havaianas, não se manifestou oficialmente sobre a polêmica até o fechamento desta matéria.
Além da crítica do pernambucano, houve uma onda de reações nacionais. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou vídeo descartando um par das sandálias no lixo, afirmando que se enganou ao achar que a marca era um símbolo nacional.
Outros nomes do PL, como o senador Cleitinho (MG) e os deputados Nikolas Ferreira (MG) e Bia Kicis (DF), também sugeriram boicote. Cleitinho afirmou que a empresa deu um "tiro no pé" e citou o slogan "quem lacra não lucra".
Do lado da esquerda, políticos ironizaram a mobilização. O deputado Paulo Pimenta (PT) postou foto com o calçado e defendeu a democracia. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) fez piada com a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro, questionando se a sandália não serviria devido à tornozeleira eletrônica.
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