Cynara Maíra | Publicado em 14/12/2024, às 12h48
O vereador eleito do Recife, Gilson Machado Filho (PL), utilizou suas redes sociais neste sábado (14) para criticar a prisão preventiva do general Walter Souza Braga Netto (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em uma publicação no Instagram, em que aparece ao lado do pai, Gilson Machado Neto (PL), e do general Braga Netto após um jogo de tênis, o parlamentar eleito classificou a prisão como "uma vergonha" e defendeu a anistia ao militar.
Machado Filho destacou a trajetória de Braga Netto como general de alta patente, ao relembrar que ele foi agraciado com a Legion of Merit, uma das mais altas honrarias concedidas por governos estrangeiros. Segundo ele, a prisão é injusta e se baseia em acusações relacionadas a um crime "que não aconteceu".
"O Brasil está perdendo a cada dia sua credibilidade mundial. Hoje estamos vivendo em uma ditadura do judiciário e não vemos a quem recorrer. Estamos contigo, general. Anistia já", escreveu Machado Filho na legenda da postagem.
A declaração do vereador eleito também faz referência ao fato de que o mesmo tribunal responsável pela prisão de Braga Netto inocentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em processos anteriores. Na visão de Machado Filho, esse contraste demonstra parcialidade e reforça sua crítica ao sistema judicial.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou neste sábado (14) a prisão preventiva do general Walter Braga Netto.
A decisão detalha que, conforme depoimentos e provas coletadas pela Polícia Federal (PF), Braga Netto desempenhou um papel central no planejamento e execução das ações golpistas.
A PF destacou, em especial, o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, como peça-chave para identificar condutas ilícitas do general.
Segundo o G1, a prisão preventiva do general Walter Braga Netto foi determinada com base em informações levantadas pela Polícia Federal, que indicam seu envolvimento no planejamento de atos antidemocráticos e na tentativa de obstrução das investigações.
Segundo depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto teria procurado o militar após o acordo de delação premiada firmado por Cid. O general teria buscado acessar informações sigilosas relacionadas à colaboração e alinhar versões entre investigados.
A decisão judicial também destaca a apreensão de documentos que reforçam as suspeitas de que Braga Netto desempenhou papel relevante no planejamento e execução de um suposto golpe de Estado, além de ter contribuído para ações clandestinas envolvendo o monitoramento de depoimentos e manipulação de dados sigilosos.
O general está sob custódia do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, enquanto as investigações seguem. A defesa de Braga Netto ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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