Com salário e terço de férias em atraso, professores de Paulista protestam em frente ao MPPE

Cynara Maíra | Publicado em 13/01/2025, às 08h10

Professores de Paulista protestam em frente ao MPPE por salário e terço de férias em atraso - Divulgação Sinprop
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O Sindicato dos Professores Municipais do Paulista (SINPROP) organizou, na sexta-feira (10), uma caminhada até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para protestar contra o atraso no pagamento dos salários de dezembro e do terço de férias, que também afeta servidores de outras áreas da Prefeitura.

O caso ocorre após o ex-prefeito Yves Ribeiro terminar sua gestão na prefeitura do Paulista sem pagar o salário de dezembro dos servidores municipais. 

Segundo Iramaia Vasconcelos, presidente do SINPROP, a manifestação tem o objetivo de pressionar os órgãos públicos e demonstrar a indignação dos servidores diante da incerteza quanto à regularização dos pagamentos.

Realizamos hoje uma caminhada até o Ministério Público, cheia de indignação, para cobrar aquilo que é nosso direito, os nossos pagamentos. A gestão passada deixou um rombo financeiro gravíssimo, mas isso não pode ser justificativa para penalizar os trabalhadores que, todos os dias, se dedicam a garantir o funcionamento da educação e de outros serviços essenciais no município. Nós não vamos aceitar mais atrasos. Não podemos ficar sem nossos salários por conta dos erros da gestão anterior”, afirmou.

Crise financeira e repasses insuficientes

De acordo com o SINPROP, a situação se agrava pela falta de clareza sobre a real condição das contas municipais.

Apesar do repasse federal de R$ 13,4 milhões em dezembro, a Secretaria de Finanças informou apenas R$ 5 milhões estão disponíveis na conta do FUNDEB. Enquanto isso, a folha de pagamento da Secretaria de Educação ultrapassa R$ 11 milhões por mês.

A nova gestão, comandada pelo prefeito Ramos (PSDB), informou que ainda não conseguiu pleno acesso às contas da Prefeitura, o que dificulta ações imediatas para solucionar o problema.

Cobrança por ações imediatas

A mobilização da sexta-feira faz parte de uma série de ações para pressionar o governo municipal a priorizar o pagamento dos servidores.

Apesar da crise ter sido herdada pela gestão de Ramos, os professores citam que é necessário procurar alternativas urgentes para regularizar o problema.

Os professores e demais servidores não podem arcar com as consequências de uma má gestão passada. Estamos aqui para garantir nossos direitos e exigir respeito”, pontuou a presidente do SINPROP.

A mobilização em frente ao Ministério Público ocorre após o órgão ter sido acionado para acompanhar a situação. 

Sobre os atrasos, a Prefeitura de Paulista já anunciou o início do pagamento para começar na sexta passada (10), mas com prioridade para as secretarias de Segurança Cidadã e Mobilidade, Políticas Sociais e Direitos Humanos. 

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