Jamildo Melo | Publicado em 16/12/2025, às 15h42 - Atualizado às 16h26
A governadora Raquel Lyra aproveitou o evento da ordem de serviço do Arco Metropolitano para cobrar ao governo Lula recursos federais e sugerir ao consórcio de empresas urgência na obra. Raquel afirmou que iria entregar a obra em dois anos ou menos e que agora era hora de fiscalização.
"A gente precisava do primeiro quilômetro... assim a sociedade e os políticos vão acreditar", afirmou.
A previsão feita pela chefe do executivo foi fazer a licitação do segundo trecho entre janeiro e fevereiro, com recursos federais. Já a terceira e quarta etapas, a partir de Paudalho, também foi prometida, mas sem tanto entusiasmo porque envolve desapropriações em Aldeia e questões ambientais.
No que toca à primeira etapa, depois de elogiar a área ambiental do governo (José de Anchieta, da CPRH) por ter aprovado os projetos em tempo recorde, a governadora falou em urgência.
"Temos que cobrar para sair rápido, cobrar qualidade com eficácia, pressa com eficiência... trabalhem no final de semana que pagaremos após a medição", afirmou.
"São três empresas, duas de fora... e não tem jogo de cartas marcadas. Só me reuni com eles depois da licitação concluída. Agradeço que tenham acreditado em Pernambuco, desejo boa sorte. E vamos estar de olho", avisou.
Como se trata de apenas o primeiro trecho da obra, com 25 quilômetros, a governadora se apressou ou se adiantou à cobranças da oposição afirmando que a próxima etapa vai ser com dinheiro federal.
A obra viária, apesar de estruturadora, empacou mesmo no governo Dilma, que suspendeu ajuda a Pernambuco depois que Eduardo Campos decidiu sair candidato a presidente em 2014.
"Nos últimos anos, Pernambuco acostumou-se a pensar pequeno e pedir desculpas, enquanto outros estados cresciam Pernambuco foi ficando de lado", disse, antes de fazer referência ao PSB. "Tinha gente que via as empresas só para arrecadar tributos"
"Se a gente ficou para trás, temos que recuperar. Essa obra é a nova BR 101", comparou.
Sobre a cidade de Moreno, cujo prefeito liberou os funcionários para o evento, Raquel Lyra disse que a cidade não poderia estar fadada a ser uma cidade dormitório. "Imagino que novas indústrias vão chegar, temos aqui perto o melhor porto do Brasil"
Em um gesto para o agreste, sua base eleitoral, Raquel Lyra conclui o discurso prometendo que iria levar a duplicação da BR 232 até Belo Jardim. A promessa foi repetida nesta terça-feira, em evento do LIDE Pernambuco com mulheres.
"Ninguém para Pernambuco... Vamos celebrar o Natal com o pé no acelerador", afirmou, em Moreno, no mesmo discurso que explicou ter dado muito não no início do governo para poder "dar sim para valer" agora.
Conforme já informou o site Jamildo.com, na sexta passada, o Arco Metropolitano de Pernambuco é uma obra de mobilidade estratégica que vai ligar a BR-232, em Moreno, à BR-101 Sul, no Cabo, criando uma rota alternativa para o transporte de cargas e reduzindo o tráfego na RMR. O trecho inicial, de 25 km, terá investimento de R$ 632 milhões.
O projeto será executado pelo Consórcio Arco Metropolitano, formado pelas empresas Dois A Engenharia, Azevedo & Travassos Infraestrutura e KPE Engenharia, que celebraram o início das obras destacando o caráter histórico da intervenção. O objetivo é melhorar a mobilidade, atrair investimentos e impulsionar o acesso a Suape, com entrega prevista em até dois anos.
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