Clara Nilo | Publicado em 03/11/2025, às 15h41 - Atualizado às 15h56
A projeção do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil em 2025 sofreu uma ligeira redução, passando de 4,56% para 4,55%, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central (BC). O relatório, publicado semanalmente, reúne as estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos do país.
Para os anos seguintes, as projeções de inflação se mantêm em 4,2% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028. Mesmo com a leve queda, a previsão para este ano ainda está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo - o que define um limite superior de 4,5%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48% em setembro, impulsionada pela alta na conta de energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o IPCA registra alta de 5,17%.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento. Atualmente, a Selic está fixada em 15% ao ano, patamar mantido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro.
De acordo com a ata do colegiado, a intenção é manter a taxa “por período prolongado” para garantir que a inflação retorne à meta. O Copom se reúne novamente nesta terça (4) e quarta-feira (5) para reavaliar o cenário.
A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2025 ainda em 15%, caindo para 12,25% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
As instituições financeiras mantiveram a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2,16% neste ano. Para 2026, a projeção é de 1,78%, e para os anos seguintes, 1,9% (2027) e 2% (2028).
O resultado vem após o país registrar um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025, puxado pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB havia encerrado com alta de 3,4%, o quarto ano consecutivo de expansão.
A estimativa para o dólar também foi mantida em R$ 5,41 no fim deste ano e R$ 5,50 para o final de 2026.
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