Jamildo Melo | Publicado em 17/11/2025, às 15h11 - Atualizado às 15h36
O prefeito João Campos, do PSB, participou nesta segunda de um debate no programa de Geraldo Freire, na CBN, com participação do site Jamildo.com. No ar, o jornalista Jamildo Melo questionou o prefeito sobre qual era a posição dele em relação ao Metrô do Recife.
João Campos pouco se pronuncia sobre o tema, mas, no ar, não teve receio de se envolver na polêmica. Os trabalhadores são contrários e criticam Lula abertamente por ter aceito a privatização dos sistema.
"Veja, o metrô, ele é para além do Recife, né? Ele também vai para outras cidades. E há de existir um sistema integrado, né? Então, eh, a gestão do metrô e do ônibus é fundamental que elas tenham essa sinergia", afirmou, inicialmente.
"Eu tenho confiança no que o governo federal tem feito de modelagem, e a pergunta que a gente tem que responder é: o que é que é melhor para o usuário?"
"A gente tem que focar no usuário. O usuário precisa ter a sua vida protegida. Então não pode estar o metrô quebrando, a população que usa decaindo, estando insegura. Então tem que ser feito o que for melhor para o usuário. E, claro, de forma equilibrada. Se tiver que ter algum paliativo, proteger, eh, enfim, pessoas que vão ter uma externalidade negativa diante disso, que seja".
"Mas eu acredito que o que está sendo feito pelo governo federal é uma modelagem equilibrada, que vai ser apresentada, então não se tem detalhes ainda, mas o foco tem que ser no usuário. Tudo o que eu faço, eu defendo o usuário, o cidadão e que ele seja o maior ganhador de qualquer ação do ente público".
A concessão do Metrô do Recife para a iniciativa privada foi autorizada pelo governo federal por meio da Resolução CPPI nº 324, com transferência de ativos da CBTU para o Estado e operação futura por meio de licitação conduzida pelo BNDES.
o Sindicato dos metroviários (Sindmetro-PE e Fenametro) reagiu fortemente à medida, protocolando pedidos de informação via LAI e anunciando greves para denunciar falta de transparência e risco de precarização.
Em audiência pública em Brasília, a categoria e movimentos sociais debateram o sucateamento do sistema, com dados sobre queda de demanda e infraestrutura deteriorada.
Parlamentares recifenses criticam a concessão, argumentando que a privatização pode elevar tarifa, piorar a qualidade do serviço e excluir a população mais vulnerável.
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