Com ajuda de Coronel Meira, grupo reconstrói muro de Maracaípe derrubado por Agência Ambiental

Cynara Maíra | Publicado em 15/01/2025, às 08h41

Meira se revoltou com derrubada do Muro de Maracaipe - Reprodução Instagram
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Após a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) começar na terça-feira (14) a demolição do polêmico muro construído na praia de Maracaípe, o empresário João Vita Fragoso de Medeiros e o deputado federal Coronel Meira (PL) juntamente com jangadeiros reconstruíram no mesmo dia a estrutura. 

Em uma série de vídeos publicados pelo deputado federal em suas redes sociais, Coronel Meira cita que o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Anchieta, teria usado "meios ilegais" para derrubar o muro no Pontal de Maracaípe.

O deputado e o proprietário que instalou o muro citam que a estrutura seria a única forma de proteger o bioma de manguezal da região. 

Segundo os envolvidos, a ação do CRPH teria ocorrido sem um oficial de Justiça no local ou comunicar aos envolvidos, que aguardam uma perícia determinada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região

Meira citou que o muro seria um desejo da comunidade para garantir os passeios turísticos.

"Quem pensa que Maracaípe é contra o muro está enganado! O muro é a única forma de proteger um bioma tão rico quanto o manguezal do Pontal", afirmou Meira.

No vídeo, Meira critica o diretor da CPRH, José de Anchieta, confira: 

Saga do Muro do Pontal de Maracaípe

A demolição do muro de contenção na praia de Maracaípe, em Ipojuca, marca mais um episódio da disputa judicial entre o empresário João Vita Fragoso de Medeiros e órgãos estaduais.

A estrutura, construída com autorização inicial para conter a erosão costeira, foi posteriormente considerada irregular pela CPRH devido aos impactos ambientais e sociais causados.

Com 576 metros de extensão, o CPRH afirma que o muro avança sobre a faixa de areia, o que provocaria a supressão de vegetação nativa de restinga, além de restringir o acesso público à praia.

Alguns comerciantes locais também citam que estrutura afetava o turismo e a subsistência, pela alteração na dinâmica econômica da região.

A decisão pela demolição foi proferida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em outubro de 2024, que determinou a remoção completa da estrutura e fixou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Apesar de tentativas do proprietário de reverter a ordem judicial, inclusive com ações no âmbito federal, o estado cita que a sentença continua válida, independente de avaliações federais sobre o tema. 

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