SDS afasta delegado que atirou em morador de Fernando de Noronha

Luiz Alberto de Queiroz deverá se ausentar do cargo por, no mínimo, 120 dias. O delegado atirou em um morador de Fernando de Noronha durante uma festa

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 07/05/2025, às 14h52 - Atualizado às 15h42

PCPE/DIVULGAÇÃO
PCPE/DIVULGAÇÃO

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), publicou um boletim geral determinando o afastamento do delegado Luiz Alberto Braga de Queiroz por, no mínimo, 120 dias. O afastamento do cargo é devido ao incidente do último domingo (4), no qual Queiroz disparou um tiro contra outro homem em Fernando de Noronha.

Através do boletim, o secretário Alessandro Carvalho determinou que o delegado irár esponderá a um processo administrativo disciplinar por “indícios de práticas de atos incompatíveis com as funções públicas”. O prazo inicial do afastamento é de 120 dias, mas esse período pode ser prorrogado por mais 120 dias “caso não haja a conclusão do já citado processo administrativo disciplinar”.

Luiz Queiroz tem o prazo de até 24 horas para ir até a diretoria de Recursos Humanos (DRH) e entregar a identidade funcional, armas e "utensílios funcionais que porventura se encontrem à sua disposição”.

A vítima, Emmanuel Apory, estava na mesma festa do delegado, no Forte dos Remédios, na Ilha de Fernando de Noronha. Queiroz teria se incomodado com o um assédio que Apory teria praticado contra a própria namorada. 

Nas imagens captadas por câmeras de vídeo, o delegado estava próximo ao banheiro masculino e, quando Emmanuel também vai em direção ao toalete, Luiz o empurra em um canteiro. Os dois discutem e Queiroz dispara um tiro na perna da vítima. 

Emmanuel foi transferido para o Recife por uma fratura exposta e passou por intervenção cirúrgica no Hospital da Restauração, na última segunda-feira (5).

Violência é a maior preocupação do brasileiro

Em pesquisa Quaest, foi relatado que a violência é, atualmente, a maior preocupação da população brasileira. Em janeiro de 2025, 26% dos brasileiros tinham a violência como preocupação principal. Em abril deste ano, este índice subiu para 29%.