Manifestantes relatam precariedade do IASSEPE (antigo SASSEPE), que, segundo a CUT, herdou uma dívida de R$ 296 milhões de gestões anteriores
por Ana Luiza Melo
Publicado em 14/11/2025, às 11h09 - Atualizado às 11h29
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizou, na manhã desta quinta-feira (13), um ato público em Arcoverde em defesa do Instituto de Atenção à Saúde e Bem-Estar dos Servidores do Estado (IASSEPE), antigo SASSEPE.
A mobilização reuniu educadores e representantes do funcionalismo estadual em frente à agência local do plano, com o objetivo de pressionar por uma reestruturação imediata do sistema de saúde.
A presidente da Associação de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Assepe), Florentina Cabral (Morena), relatou as dificuldades enfrentadas pelos usuários no interior, que precisam se deslocar até o Recife em busca de atendimento, muitas vezes sem sucesso.
“A precariedade e o caos em que estamos mergulhados nessa assistência” afetam servidores em todo o estado, afirmou.
Durante o protesto, os participantes denunciaram o subfinanciamento da rede e a carência de investimentos, cobrando da gestão estadual a adoção de medidas emergenciais para fortalecer o IASSEPE.
O diretor do Sintepe, Edgar Luna, destacou que a crise do plano tem impacto no Sistema Único de Saúde (SUS), que é sobrecarregado quando os servidores não conseguem atendimento.
“É necessário que essa luta venha acompanhada do apoio das comunidades, do apoio de cada cidadão e cidadã. Quando o servidor não é atendido pelo SASSEPE no momento em que mais precisa, isso acaba sobrecarregando ainda mais o SUS”, afirmou.
O cenário de crise do IASSEPE é complexo e, segundo dados da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi herdado de administrações passadas.
De acordo com a CUT, a governadora Raquel Lyra assumiu o Governo de Pernambuco com o sistema já apresentando uma dívida na ordem de R$ 296 milhões.
O Governo tem sinalizado que a reestruturação do IASSEPE é uma prioridade, buscando vias para aumentar a sustentabilidade financeira.
Em linha com as críticas recorrentes, a governadora Raquel Lyra realizou mudanças na presidência do Instituto em julho de 2025, na tentativa de imprimir um novo ritmo na gestão do sistema, conforme noticiado pelo Jamildo.com.
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