Políticos buscam simpatia dos evangélicos para as eleições 2024. João Campos consegue números positivos entre eleitorado. Marcha para Jesus ocorre hoje.
por Cynara Maíra
Publicado em 31/08/2024, às 10h24
Neste sábado (31), ocorre 26ª edição da Marcha Para Jesus no Recife. O evento que reúne majoritariamente o público evangélico, será na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
A previsão é de que o ato, que começa às 15 horas, reúna mais de 70 mil fiéis na cidade do Recife.
Com a tragédia do desabamento do teto do Santuário de Nossa Senhora da Conceição na sexta-feira (30), os organizadores do evento planejam orar pelas vítimas do acidente no templo católico.
A marcha iniciará próximo ao Edifício Castelinho, na orla de Boa Viagem e irá até o Parque Dona Lindu, onde iniciarão apresentações religiosas. O evento sempre realiza uma campanha de arrecadação de alimentos, em 2024 junto ao G10 Favelas.
A Secretaria Municipal de Saúde do Recife é parceira do evento e garantirá orientações de cuidados preventivos, realizará testes e aferirá a pressão arterial dos fiéis durante a Marcha para Jesus.
O evento tem previsão de circular com oito trios, incluindo um específico para crianças. Um intérprete de Libras também acompanhará a marcha para assegurar a comunicação com pessoas surdas.
Com o aumento do público evangélico, essa categoria tem ganhado maior notoriedade na esfera política, com políticos centrados em angariar o voto evangélico.
Desde 2018, com a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), existe proximidade notável do eleitorado evangélico com a direita conservadora. Bolsonaro, inclusive, participou da Marcha para Jesus do Recife em 2022.
Ainda centrado nessa lógica, políticos nessas eleições municipais buscam o apoio do grupo de diversas maneiras. Enquanto João Campos (PSB) conseguiu o apoio do diretor da Rádio Maranata, veículo evangélico, Gilson Machado (PL) colocou como vice a ex-diretora da mesma rádio, Leninha Dias (PL).
Apesar da tentativa de todos os políticos em assegurar o voto dos eleitores evangélicos, o padrão ainda é de maior alinhamento com a direita. Dados da última pesquisa Atlas Intel mostram que a gestão do presidente Lula (PT), é desaprovada por 73,7% dos evangélicos.
Enquanto isso, a média geral de desaprovação é de 46,4%, em clara discrepância de entendimento dentro desse público evangélico.
Apesar do cenário, João Campos, que é considerado de centro-esquerda, tem uma boa avaliação entre os eleitores evangélicos.
Segundo a pesquisa Datafolha de agosto, 65% dos evangélicos consideraram a gestão socialista "ótima/boa" e 7% declarou ser "ruim/péssima".
Apesar de ser menos que a média geral de 70% em "ótimo/bom" e apenas 4% "ruim/péssimo", os índices do prefeito ainda são majoritariamente positivos.
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