No primeiro episódio do PodJá, podcast de Jamildo Melo, o deputado federal Luciano Bivar fala sobre o processo de rompimento com Jair Bolsonaro e sua base
por Cynara Maíra
Publicado em 02/11/2024, às 13h00
Neste sábado (02), o site Jamildo.com estreia o primeiro episódio de seu podcast, o "PodJá". Para iniciar o produto, Jamildo Melo entrevista o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil-PE).
Divulgando em primeira mão seu novo livro "Democracia Acima de Tudo", que será lançado ainda no mês de novembro, Bivar falou muito sobre sua trajetória como político e empresário.
Dentre os principais motes da conversa e do novo livro, está o rompimento do ex-presidente nacional do União Brasil com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Líder do antigo PSL, Bivar era o presidente da legenda na qual Bolsonaro disputou a eleição presidencial de 2018.
Questionado por Jamildo Melo no PodJá, Luciano Bivar comentou os principais motivos para o rompimento com o ex-presidente e seu temor de que Bolsonaro estaria encaminhando o país para ações mais autoritárias.
O político que fará 80 anos em novembro relembrou o período da ditadura e afirmou que as escolhas do Governo Bolsonaro começaram a atemorizá-lo por, segundo ele, serem muito semelhantes as de um estado totalitário.
Durante a entrevista para o podcast, Bivar chega a citar que o estopim foi quando no 7 de setembro o ex-presidente pediu que um dos supersônicos da Força Aérea Brasileira (FAB) dessem um rasante na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o que poderia quebrar as vidraças do prédio. "Isso era uma coisa louca, uma coisa inimaginável", afirmou o deputado.
Ao alegar que sua aliança com Bolsonaro era movida pelo interesse de renovação liberal na pauta econômica, Bivar declara que precisava enfrentar Bolsonaro e sua base de apoiadores para que o grupo não andasse "para um sistema czarista".
Citando uma situação com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), no qual a parlamentar afirmou que o seu partido era Bolsonaro, Bivar relata que começou a perceber que estava diante de "uns caras extremamente dogmáticos, doidos".
O político também comentou sobre os episódios do 8 de janeiro de 2023 e declarou que, caso o país fosse uma monarquia absolutista, as pessoas envolvidas na depredação da Esplanada dos Ministérios, poderiam ser executados.
"Eu acho que o crime que cometeram, que tentaram executar, é uma coisa inominável. Se a gente fosse uma monarquia absolutista, aqueles que conspiraram contra o regime, dependendo da época, estariam ou enforcados, ou queimados, ou fuzilados. Então, o crime que eles cometeram foi muito grande", citou o deputado federal.
Para conferir toda conversa entre Luciano Bivar e Jamildo Melo, se inscreva no canal do PodJá no Youtube e em plataformas de áudio como Spotify e Deezer. O primeiro episódio será lançado neste sábado (02), às 14 horas.
Escute agora o primeiro episódio do PodJá:
@blogdojamildo