Chamar vereadores eleitos para compor o secretariado é uma forma de tirar do sereno os aliados que não se elegeram
por Jamildo Melo
Publicado em 10/12/2024, às 15h23 - Atualizado às 15h39
Antes de viajar para Brasília, nesta terça-feira, ainda no Recife, na inauguração do pontilhão da Rua Amélia, na Agamenon Magalhães, obra que deve desafogar a conturbada avenida, o prefeito do Recife, João Campos, confirmou que vai chamar vereadores eleitos, do PSB, para compor o novo secretariado, de forma a levar para a Câmara Municipal do Recife aliados que ficaram na fila da suplência.
João Campos também revelou que começou a estruturar a reforma administrativa nesta segunda-feira e que ela será simples. Deve ser anunciada antes do final do ano.
No quebra queixo, na avenida Agamenon Magalhães, João Campos revelou que prometeu eleger três vereadores do MDB a Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, e conseguiu. Ele contou então que o deputado federal de São Paulo ligou para agradecer.
Conforme já informou o site Jamildo.com, no mercado de apostas, o que se especula é que o prefeito João Campos pode chamar ao menos dois vereadores eleitos, de modo a beneficiar outros dois suplentes da Frente Popular.
Carlos Muniz é um dos nomes citados. Ele já foi secretário municipal antes de buscar a renovação do mandato.
Outro nome citado é Andreza Romero, na mesma situação, tendo renovado o mandato depois de deixar o secretariado de João campos.
@blogdojamildo O Pontilhão da Rua Amélia com a Agamenon Magalhães será inaugurado pelo Prefeito João Campos nesta terça (10). Jamildo Melo foi visitar o local na quinta e falou sobre o impacto do projeto no trânsito do Recife; veja. #blogdojamildo #jamildomelo #joãocampos #trânsitonorecife #mobilidade ♬ som original - Jamildo.com
No caso, a movimentação de chamada dos eleitos beneficiaria os candidatos Chico Kiko e Eduardo Marques na Câmara Municipal do Recife. Marques é ex-presidente da Câmara dos Vereadores, com larga experiência no legislativo municipal.
Quando falou da reforma do secretariado, João Campos acabou fazendo uma crítica indireta a governadora Raquel Lyra. Ele disse que a capital pernambucana era o único lugar no Brasil em que a discussão do aproveitamento de quadros técnico era objeto de discussão política.
"Imagina se o Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo, de oposição a Lula) questionasse a cessão de Haddad para o ministério da Fazenda de Lula?", observou.
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