João Campos admite que pode sair candidado contra Raquel Lyra em 2026

Sem citar a governadora Raquel Lyra, prefeito João Campos admite a possibilidade de concorrer ao governo do Estado em 2026

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 29/10/2024, às 10h02

João participou do Roda Viva nesta segunda e deu várias sinalizações sobre futuro político - Nadja Kouchi/ TV CULTURA
João participou do Roda Viva nesta segunda e deu várias sinalizações sobre futuro político - Nadja Kouchi/ TV CULTURA

Um dia depois do fim do segundo turno das eleições municipais, no domingo, o prefeito do Recife, João Campos, do PSB, aproveitou os holofotes nacionais do programa Roda Viva, em São Paulo, para admitir que pode sair candidato ao governo de Pernambuco contra Raquel Lyra em 2026.

Sempre no campo das hipóteses, João Campos disse que a discussão será feita no momento oportuno e que este tipo de decisão não pode ser um projeto pessoal, mas algo coletivo, como resultado de uma frente, como já fez Arraes e o próprio Eduardo Campos.

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No ar, o socialista também se comparou a Raquel Lyra sem cita-la e disse que o PSB teve a maior vitória das oposições no Estado de Pernambuco, com o PSB e aliados somando mais de 90 prefeituras e o PSDB e aliados com menos de 90.

"Foi o melhor desempenho da oposição em anos", disse. "Quem trabalha na política sabe. Cada um diz aquilo que lhe convém, mas a verdade as pessoas sabem".

"Basta ver todos os governos estaduais. Veja os vizinhos ou São Paulo. O desempenho dos governos estaduais tende a ser melhor (do que a oposição)", comparou.

João Campos também pontuou que "não se governa de cima do palanque e sim para todos, buscando sempre parcerias para o Recife". Neste trecho, João Campos cita que pediu ajuda ao ministro Paulo Guedes, no governo Bolsonaro, para equilibrar as contas do Recife e assim poder obter empréstimos internacionais.

"Eu tinha 60 dias de prefeito e marquei uma audiência com o ministro e lhe disse que eu queria ser uma referência de equilíbrio fiscal. Nós voamos abaixo do radar porque eu era oposição ao governo Bolsonaro. Assinamos um plano de equilíbrio fiscal, melhoramos a nossa nota e graças a isto pegamos recursos do BID. Em política é assim, a gente trabalha com quem gosta e com quem não gosta", sugeriu.

Em uma eventual indireta para a governadora, João Campos falou em busca de união.

"Eu tive um professor em casa, que foi meu pai. Ele me ensinou que ganha na política, quem junta mais. Eu não saio de casa para separar as pessoas" disse, destacando que Lula era um agregador nato também.

Voto em Lula em 2026

João Campos também foi questionado se, como o pai, sonhava em chegar a presidência da República e tergiversou. "Eu sonho em ser o melhor prefeito da história do Recife", afirmou.

No ar, João Campos defendeu que Lula deve buscar a reeleição e que vai ter o seu voto em 2026.

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