Câmara Municipal do Recife encerrou o ano com R$ 10 milhões no caixa. No ano de 2024, vereadores do Recife gastaram R$ 186 milhões com pessoal
por Jamildo Melo
Publicado em 31/01/2025, às 08h07
O site Jamildo.com teve acesso a um relatório interno da Câmara de Vereadores do Recife que apontou o gasto com pessoal em 2024, ano em que houve eleição dos atuais 37 vereadores.
A despesa bruta com pessoal da Câmara do Recife, segundo o documento sobre folha de pessoal, ficou em R$ 186 milhões durante os 12 meses de 2024.
Os recursos foram gastos na remuneração dos 39 vereadores, servidores concursados e servidores em comissão, de livre nomeação.
A Câmara tem 37 vereadores a partir de 2025. O número diminuiu em dois parlamentares, em relação a 2024, devido à redução da população, segundo o IBGE. Não aconteceu só no Recife, mas em várias cidades pelo Brasil.
A Câmara do Recife também terminou o ano com R$ 10,5 milhões de sobra de caixa, ou seja, com "disponibilidade líquida de caixa".
Os recursos, segundo fontes, serão utilizados para uma nova sede dos vereadores.
O presidente da Câmara Municipal do Recife, Romerinho Jatobá (PSB), chegou a defender publicamente a iniciativa, necessária, diante das condições de trabalho e funcionamento em um prédio inadequado, por ser de outra época, e histórico.
Está previsto para a Câmara de Vereadores do Recife um orçamento para o ano que vem de R$ 272.000.000,00 (duzentos e setenta e dois milhões).
O dinheiro sai do orçamento da Câmara Municipal que a Prefeitura do Recife obrigatoriamente tem que repassar, por força da Constituição Federal. É o chamado duodécimo.
A Câmara Municipal, na prática, é "sócia" da arrecadação da Prefeitura do Recife. Não é só aqui.
No Recife, o Poder Executivo tem que repassar para o Poder Legislativo 4,5% das receitas municipais. Quanto mais a Prefeitura do Recife arrecada, mais o Legislativo municipal recebe. É assim em todo o Brasil.
Segundo informação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), cerca de 90% dos servidores da Câmara do Recife são comissionados, ou seja, indicados pelos próprios vereadores sem necessidade de concurso público.
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