Guia eleitoral de Gilson Machado está suspenso por 24 horas após Justiça Eleitoral acatar pedido da coligação de João Campos
por Cynara Maíra
Publicado em 09/09/2024, às 07h29
No domingo (08), o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) decidiu suspender por 24 horas a propaganda eleitoral do candidato Gilson Machado (PL) após declarações sobre as creches no Recife durante a gestão de João Campos (PSB).
A ação solicitada pela coligação Frente Popular do Recife (PSB, PT/PC do B/PV, Republicanos, MDB, Solidariedade, Avante, DC, Agir e PMB) alega que o conteúdo sobre uma suposta "máfia das creches" seria difamatório e calunioso.
O grupo cita que o guia eleitoral de Gilson Machado insinua supostos esquemas de corrupção e desvio de verbas na gestão de João Campos, mas que o candidato do PL não apresentou provas sobre o tema.
Além disso, o documento apresentado pela coligação cita que essas inserções descumpriam diversas decisões judiciais anteriores sobre essa temática.
A decisão da juíza responsável cita que "a narrativa construída na referida peça publicitária divulga fatos sem comprovação de veracidade, e, além disso, imputa ao mesmo conduta criminosa que extrapola a liberdade de expressão, visto não ser a propaganda eleitoral o meio legal para apuração dos fatos ali narrados".
A partir disso, a juíza Nicole de Faria Neves decidiu por suspender durante 24 horas a propaganda eleitoral gratuita de Gilson Machado, determinando que as emissoras usassem o tempo de inserções de Gilson para exibir propagandas institucionais da Justiça Eleitoral.
Sobre um direito de resposta solicitado pela coligação de João, a magistrada afirmou que essa possibilidade será analisada após a defesa do PL e a apresentação do parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Caso o PL não cumpra as medidas judiciais, será exigido o pagamento de multa de R$ 50 mil por hora descumprida. O aumento no valor das multas veio a partir do argumento do PSB de que, como o partido de Gilson tem maior fundo partidário no país, os valores anteriores seriam "menos impactantes e desestimuladores".
As decisões contra as propagandas de Gilson Machado já ocorrem desde o começo da semana passada, quando a justiça eleitoral começou a arbitrar e acompanhar as brigas judiciais entre os candidatos.
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