Eleições 2024: Cabo de Santo Agostinho comemora avanços na Saúde

A secretaria deSaúde do Cabo de Santos Agostinho,Daniele Uchoa, ao fazer um balanço da gestão Keko do Armazém, comemorou que ampliou a cobertura aos cidadãos, aumentou as cirurgias e zerou a fila de exames, ajudando a reverter o sucateamento que se verificava até 2021.

Com a experiência de 27 anos de formada, dos quais 25 deles trabalhando no Sistema Único de Saúde (SUS), a psicóloga nutricionista explica que o maior desafio vencido era zerar a fila de espera para exames.

"A fila de espera nos incomodava, ultrapassava 14 mil pacientes. Atacamos o problema com mutirões e ampliação da rede, com quatro unidades de Saúde da Família. A cobertura da população subiu de 74% para 79%. A nossa meta é chegar a 80% de cobertura. Recife, por exemplo, tem 74% de cobertura nesta área", informou.

"A unidade básica da família é a porta de entrada, temos que expandir essas unidades, para ampliar a cobertura o máximo possível, fortalecendo a rede de cuidados." informa.

"No caso das unidades ampliadas, como temos uma média de 4 mil pessoas por unidade, são 16 mil pessoas inseridas na rede de saúde. Serão oito unidades até o final do ano, com mais qualidade, mais assistência e mais medicamentos"

O desafio não era pequeno se se considerar que o modelo da saúde local opera "de porta aberta" nas urgências e emergências, atendendo pessoas das cidades vizinhas. O Cabo funciona como um polo aglutinador, devido a sua importância econômica e social.

A rede de atendimento é grande, com um hospital de referência como o Mendes Sampaio, uma Maternidade, um Hospital Infantil e duas unidades de Pronto Atendimento, além de contar com 33 especialidades.

"No Centro de Especialidade Integrado infanto-juvenil temos só de TEA e TDAH um total de 1912 crianças atendidas. Em breve faremos o credenciamento deste centro integrado para podermos receber recursos federais, poderemos ampliar e qualificar a unidade", explica.TEA significa Transtorno do Espectro Autista (TEA) na criança. TDAH é o chamado Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

A evolução nos trabalhos, mesmo mantendo as portas abertas, ocorreu com mudanças nos processos internos de regulação, para laboratórios, consultas, exames, de modo a haver um controle efetivo da fila de espera. Aposentou-se o famoso livro preto e as unidades começaram a ter regulação própria, sistematizada.

"O paciente não passava por um generalista, e não fazia uma filtragem, se consumia tempo da especialidade. Com a mudança, quem precisa de cardiologista, por exemplo, vai ser atendido pelo clínico, encaminhado se necessário para o especialista", explica..

Com as mudanças de modernização, a gestão municipal também criou uma plataforma digital para que o cidadão possa acompanhar tudo de forma virtual. "Com o "Se Liga na Consulta", a pessoa  acompanha aa marcação. O cidadão do Cabo pode visualizar a fila de espera, pode ver a fila de cada especialidade, em cada unidade", gaba-se a auxiliar de Keko do Armazém.  "Com o "Resultado Tá Na Mão", o cidadão não precisa ir até a unidade saber do resultado, recebe pelo celular"

Agora em agosto, outra novidade será a entrega dos medicamentos em casa para as mães com filhos com TEA ou TDAH. "Nos acolhemos a dificuldade das mães de estarem com as crianças no meio da rua. Os medicamentos vão ser entregues em sacolas vedadas", explica.

Outro ponto que a secretária de Saúde destaca como positivo é a melhoria nas compras de medicamentos, de modo a acabar com a falta deles.

"Como passamos a conhecer melhor o território, conhecer melhor as comorbidades existentes, nós conseguimos melhorar as compras, de forma otimizada e mais eficiente".

"A qualidade da assistência foi o maior ganho no último ano. Organizar os fluxos, fazer a gestão da clínica, gestão do cuidado, reduzir filas, aumentar especialidades, enfim, sermos mais eficientes como um todo", resume.

Com a ajuda do senador Humberto Costa (PT), via emendas, a cidade obteve seis ambulâncias para o Samu, renovando a frota, que era de quatro viaturas e ampliando.

Em um futuro breve, a gestão municipal deve contar com uma clínica de imagem, para atender ao município e as cidades da região. Exames de imagens como eco e tomografia, hoje, são realizados com a ajuda do governo do Estado. "Com a implantação do serviço, poderemos vender os serviços aos municípios do entorno. Também vamos ajudar o Estado porque desafogamos a demanda deles. Essa é uma discussão regional", explica.