Corrida dos prefeitos: Raquel Lyra e João Campos se mobilizam em guerra fria sobre apoios para 2026

Pouco mais de uma ano até o dia do primeiro turno das eleições de 2026, a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito João Campos (PSB) começaram a acelerar as mobilizações para o embate que deverá ocorrer pelo Governo de Pernambuco.

Após João Campos conseguir o apoio do Prefeito de Xexéu, Thiago de Miel, do PSD de Raquel Lyra, a governadora captou um novo nome do PSB para o seu partido.

Em resposta às falas sobre sua primeira "perda" desde que conseguiu 70 prefeitos em sua legenda, Raquel anunciou a filiação do prefeito Zé Martins, da cidade de João Alfredo. O gestor até então estava no PSB. 

Ao falar sobre a mudança, a governadora afirmou que a chegada de Zé Martins seria um reforço para o time do PSD. 

Com a mudança Raquel Lyra chegou em oito prefeitos do PSB captados para o PSD. Além do prefeito de João Alfredo, socialistas que migraram para o partido da governadora foram: 

• Nego do Mercado, de Capoeiras
• Gilberto Ribeiro, de Flores
• Corrinha de Geomarco, de Dormentes
• Camila Souza, de Iati
• Lidonaldo da Farinha, de Frei Miguelinho
• Juarez da Banana, de Machados 
• Dr. Evaldo Bezerra de Mirandiba

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Na quarta-feira (24), Thiago de Miel, prefeito de Xexéu, anunciou apoio a João Campos com críticas à gestão estadual. "Pernambuco está gritando. Só não ouve quem não quer", disse o gestor à Folha de Pernambuco.

O jogo das dissidências

A "guerra fria" entre João Campos e Raquel Lyra se estende a outras legendas. Partidos que compõem oficialmente a base de um dos lados já registram dissidências. 

No último sábado (28), o prefeito de São José do Egito, Fredson Brito (Republicanos), teceu críticas à oposição e se declarou um "soldado" de Raquel Lyra. O Republicanos tem como presidente no estado o ministro Silvio Costa Filho, um dos principais aliados de João Campos.

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"Eles (os adversários) se preparem porque as obras começaram a chegar e vão chegar com muita força", provocou Brito durante visita da governadora ao Sertão do Pajeú.

Além do prefeito de São José do Egito, o gestor de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), também declarou apoio para Raquel. Diego teve o apoio de João Campos e o utilizou como cabo eleitoral na eleição de 2024. 

Logo depois do caso, um prefeito do Republicanos declarou apoio à pré-candidatura não anunciada de João Campos. Carrapicho Honorato, da cidade de Tamandaré anunciou o endosso ao nome do socialista e citou a relação do município do litoral sul com os familiares do prefeito do Recife. 

"Miguel Arraes emancipou Tamandaré, há 30 anos, e Eduardo Campos transformou a nossa cidade. Agora, chegou a vez de João fazer o governo do Estado voltar a olhar para o município", disse. 

A dissidência não é única. O PP de Goiana, por exemplo, partido da base de Raquel, já fez diversos gestos a João Campos, como a presença do prefeito do Recife na posse de Marcílio Régio.