Chefe de gabinete de João Campos será o vice na chapa de reeleição

João Campos escolhe chefe de gabinete, seu auxiliar pessoal, para ocupar cargo de vice, caso precise sair candidato em 2026 ao governo do Estado

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 06/06/2024, às 16h51

Chefe de gabinete Victor Marques - PCR/Divulgação
Chefe de gabinete Victor Marques - PCR/Divulgação

O ex-governador do Estado Eduardo Campos, quando era governador e cuidava da sua sucessão, chegou a desincompatibilizar quatro secretários estaduais, antes de escolher o nome de Paulo Câmara como o indicado para a disputa.

O filho dele, João Campos, em sua busca pela reeleição, promoveu o afastamento de dois graduados assessores, para cumprir a legislação eleitoral, com a desincompatibização.

Um deles foi a secretária de infraestrutura Marília Dantas, recém filiada ao MDB. O outro nome foi o do seu chefe de gabinete Victor Marques, que filiou-se recentemente ao PCdoB.

O movimento ocorre após uma longa pressão do PT para que o prefeito indicasse um nome apontado pelo partido, para o espaço da vice.

Nos bastidores da política local, há um mês atras, o blog de Jamildo foi informado que o nome escolhido pelo socialista foi Victor Marques, pela relação de extrema confiança que deposita no auxiliar.

Formado em Engenharia Civil pela UPE, Victor Marques Alves atuou como chefe de gabinete do então deputado federal João Campos na Câmara. O auxiliar já passou pelo Porto do Recife e pela Administração de Fernando de Noronha, além de ter atuado como assessor do gabinete do governador Paulo Câmara, com quem João Campos trabalhou no começo da vida pública.

Para um eventual vice, além da discrição, o posto atual lhe daria uma visão privilegiada e geral da gestão João Campos. A Chefia de Gabinete do Prefeito possui, entre suas funções, o controle, a direção, a orientação, o planejamento e a supervisão de atividades de assessoramento ao prefeito.

No começo do ano, o prefeito afirmava que só iria decidir a questão mais próximo às convenções, de modo a fugir da pressão do PT. O partido indicou dois nomes, mas depois recuou, quando ficou claro que o prefeito não iria abrir da parada. As pressões continuam.

Lula e João Campos tem tido reuniões em Brasília.

Quando era governador, atacado pelos petistas, na gestão estadual, Eduardo Campos costumava ter uma resposta pronta para as críticas. "Meu entendimento é com Lula, não com a petezada"

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