Escola em Águas Belas é 13ª anunciada por Raquel Lyra. A gestão teria investido mais de R$ 300 milhões em ETEs no estado
por Cynara Maíra
Publicado em 04/12/2025, às 13h33 - Atualizado às 14h03
Raquel Lyra (PSD) anunciou a construção da 13ª nova ETE do estado, em Águas Belas, com investimento de R$ 31,7 milhões.
A unidade terá capacidade para 500 alunos e prazo de 10 meses para conclusão após o início das obras.
O governo afirma ter investido mais de R$ 300 milhões em novas escolas técnicas desde 2023.
A rede estadual avançou na climatização, chegando a quase 70% das salas com ar-condicionado.
O Sintepe cobra melhorias estruturais e critica o alto índice de professores temporários (52,1%) na rede estadual
O Governo de Pernambuco publicou, no Diário Oficial desta quinta-feira (4), o edital para a construção de uma nova Escola Técnica Estadual (ETE) no município de Águas Belas, no Agreste Meridional.
Com investimento previsto de R$ 31,7 milhões, a nova unidade será a 13ª anunciada pela gestão de Raquel Lyra (PSD) desde 2023. Segundo o governo, o projeto prevê 12 salas de aula, seis laboratórios, auditório, biblioteca e quadra poliesportiva, com capacidade para atender mais de 500 alunos por turno.
Executadas pela Companhia Estadual de Obras e Habitação (Cehab), as obras devem começar após a assinatura da ordem de serviço, com prazo de conclusão de 10 meses.
Além de Águas Belas, o governo mantém canteiros de obras de outras ETEs em municípios como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina. O investimento total nessas novas unidades ultrapassa R$ 300 milhões.
No mesmo dia da divulgação para nova ETE, o deputado estadual Renato Antunes (PL), presidente da Comissão de Educação da Alepe, acompanhou a entrega de aparelhos de ar-condicionado na Escola Dom Malan e celebrou o aumento nas climatizações das salas de aulas da rede estadual.
Segundo o governo, a rede estadual saltou de 22% para quase 70% de salas climatizadas desde 2023.
Apesar dos investimentos, a gestão enfrenta críticas de entidades sindicais sobre a estrutura de ensino e pessoal. Em audiência recente na Alepe, a presidente do Sintepe, Ivete Caetano, apontou que a rede estadual teve uma queda de 4,5% nas matrículas e que mais de 30% das escolas ainda não têm laboratório de informática ou biblioteca.
Outro ponto de tensão é o alto número de contratos temporários. Dados do Censo Escolar 2024 mostram que 52,1% dos professores da rede estadual não são concursados, o que o sindicato classifica como um "indicador estrutural de fragilidade".