Inquérito sobre autismo foi aberto na Procuradoria da República em Pernambuco
por Jamildo Melo
Publicado em 21/07/2024, às 07h45
Sem alarde, o Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco decidiu abrir um inquérito para investigar o Colégio de Aplicação mantido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O objeto da investigação, segundo o MPF, é "apurar uma série de irregularidades no atendimento prestado às crianças com deficiência e autismo matriculadas Colégio de Aplicação da UFPE".
A decisão de abrir o inquérito partiu do procurador Luciano Rolim, do MPF.
Segundo o órgão, a denúncia foi "formulada por pais e responsáveis".
Na decisão de abertura da investigação, o procurador mencionou a "necessidade de aprofundar a apuração".
A abertura do inquérito ocorreu em 15 de julho. O procurador determinou a expedição de ofício para a UFPE.
Fica aberto o espaço para a UPFE, caso queira acrescentar informações.
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição de desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social.
As pessoas com autismo geralmente apresentam dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e interesses limitados ou fixos, respostas sensoriais únicas ou intensas.
De acordo com os especialistas, cada pessoa com autismo é única e pode apresentar diferentes graus de desafios ou habilidades. O TEA é um espectro, o que significa que varia amplamente em termos de impacto e sintomas.
No Recife, na área política, uma das pessoas que mais se dedicam ao tema é a vereadora Liana Cirne (PT). Ela tem um filho autista e dedica-se a combater o preconceito contra o TEA no mandato. O deputado estadual Romero Albuquerque também denunciou o caso de preconceito em Fernando de Noronha.
No plano nacional, a imprensa tem mostrado que a inclusão de alunos com autismo encontra barreiras em escolas particulares. Uma reportagem de Laura Mattos, na Folha de São Paulo, mostrou recentemente que a inclusão de alunos com autismo encontra várias barreiras, em especial nas escolas particulares. "Com a falta de regras claras na legislação e de formação dos educadores, famílias não têm garantia de processo inclusivo de qualidade".
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