Radar Febraban mostra que 66% dos nordestinos acreditam em melhora da vida pessoal e familiar até o fim do ano. No Sul, apenas 57% têm a mesma visão.
por Ana Luiza Melo
Publicado em 08/07/2025, às 11h23 - Atualizado às 12h11
A pesquisa Radar Febraban de Junho, realizado entre os dias 12 e 20, mostra que 66% dos nordestinos acreditam que sua vida vai melhorar até o fim do ano — índice acima da média nacional (63%). Pernambuco segue essa tendência, reforçando a confiança da população na retomada da qualidade de vida, mesmo com o cenário nacional mais cauteloso.
A pesquisa é trimestral e realizada em parceria com o Ipespe para aferir a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o País.
Buscando recortes da pesquisa para os leitores pernambucanos, o site Jamildo.com identificou que enquanto o otimismo da população brasileira caiu de 75% para 63% entre março e junho, o Nordeste se destaca entre as regiões que mais confiam na melhora da própria vida: 66% dos nordestinos acreditam que os próximos meses serão melhores.
O percentual está acima da média nacional e reflete um sentimento mais positivo na região, em contraste com o Sul, que aparece com o menor índice (57%) - única
região abaixo dos 60%.
O levantamento mostra ainda que o otimismo é maior entre os jovens de 18 a 24 anos (76%) e entre as mulheres (66%). Os idosos, por outro lado, são os mais céticos: apenas 46% daqueles com 60 anos ou mais acreditam em melhora.
O Nordeste também aparece entre as regiões com maior nível de satisfação com a vida pessoal e familiar: 72% se dizem satisfeitos. A média nacional é de 70%.
Apesar do otimismo para o segundo semestre, a pesquisa mostra que 75% dos brasileiros apontam comida e itens domésticos como maior impacto da alta de preços. De acordo com a pesquisa, essa percepção se mantém no topo das preocupações.
A percepção de que a inflação aumentou nos últimos seis meses segue muito alta no país (83%), e o principal impacto recai sobre a alimentação. No Nordeste, o número acompanha a média nacional: 75% afirmam que os produtos de abastecimento doméstico são os mais afetados pela alta de preços.
O peso da comida no orçamento é mais sentido entre as mulheres (77%), pessoas com ensino superior (80%) e famílias com renda superior a cinco salários mínimos (também 80%). No Sul, esse índice chega a 80%; no Norte e Nordeste, fica em 75%.
Além da alimentação, também aparecem como impactos relevantes da inflação: preço dos combustíveis (30%), serviços de saúde (28%) e juros do cartão de crédito (21%).
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