BNB também ampliou em 16,2% as contratações. Veja como o resultado impacta na economia da região e na vida do micro e pequeno empreendedor
por Ana Luiza Melo
Publicado em 14/11/2025, às 21h51
Os números bilionários do Banco do Nordeste (BNB) anunciados nesta sexta-feira (14) têm um impacto direto no bolso do cidadão comum, do microempresário e do pequeno agricultor do Nordeste.
O Banco fechou o terceiro trimestre de 2025 com um Lucro Líquido acumulado de R$ 2,0 bilhões, um crescimento de 30,7% em relação ao ano passado.
Mais importante que o lucro, é como esse resultado está sendo revertido em crédito para a população.
O BNB aumentou em 16,2% o volume de novas contratações, injetando R$ 51,0 bilhões em novos créditos na economia regional até o final de setembro.
Isso significa mais dinheiro circulando para abrir ou expandir pequenos negócios.
A carteira de crédito total do Banco cresceu 16,6%, chegando a R$ 173,8 bilhões, um termômetro da força produtiva do Nordeste.
O foco no empreendedor de menor porte é evidente.
Somente nos programas de microfinanças — o Crediamigo (urbano) e o Agroamigo (rural) — o BNB contratou R$ 16,4 bilhões, registrando alta de 9,5%.
O Crediamigo, voltado para negócios em cidades, liberou R$ 9,7 bilhões (alta de 14,1%), enquanto o Agroamigo destinou R$ 6,6 bilhões para mais de 521 mil pequenos produtores.
Esse volume de crédito é o que mantém o BNB como principal motor de desenvolvimento da região.
O presidente do BNB, Wanger Alencar, reforçou que o crescimento não é só financeiro, mas social.
Segundo ele, os resultados corroboram o compromisso do Banco em "impulsionar a atividade produtiva regional e promover o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável", buscando propiciar "melhoria na qualidade de vida das pessoas".
A expansão é reflexo do empenho em aperfeiçoar o processo de concessão de crédito.
A saúde financeira do BNB também está em alta: o Resultado Operacional cresceu 22,9%, atingindo R$ 3,7 bilhões.
A rentabilidade (ROE) do Banco ficou em 19,1% ao ano.
O único ponto que exige atenção contínua é a inadimplência acima de 90 dias na carteira própria, que subiu para 4,2%, índice que o Banco monitora com medidas preventivas.
“O Banco do Nordeste tem fortalecido a sua estrutura e os seus processos, trazendo dinamismo à jornada dos clientes na instituição, ao ofertar produtos e serviços que buscam atendê-los de forma mais completa. Nesse sentido, o BNB tem buscado diversificar o funding, por meio de parcerias com instituições multilaterais, instituições financeiras focadas no desenvolvimento e inovação, como BNDES e Finep, além da utilização de instrumentos de dívida no mercado de capitais, com o objetivo de ampliar as fontes de financiamento para investimentos sustentáveis que têm o potencial de promover impactos sociais e ambientais positivos no longo prazo”, informa, Wanger Alencar, que está acumulando a presidência do Banco e a diretoria financeira e de crédito.