Estado foi o terceiro que mais gerou postos formais no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e DF. Recife liderou ranking no Nordeste
por Cynara Maíra
Publicado em 28/11/2025, às 09h06 - Atualizado às 09h24
Contraste: Brasil teve o pior outubro da série histórica (-35%), enquanto Pernambuco cresceu 105% na geração de vagas.
Saldo Estadual: PE criou 10.596 empregos formais, sendo o 3º melhor resultado do país, atrás de SP e DF.
Setores: Construção Civil (+87% no ano) e Indústria puxaram a alta no estado, na contramão das demissões nacionais nessas áreas.
Capital: Recife liderou no Nordeste com 4.039 novas vagas, impulsionado por Serviços e atividades financeiras.
Nacional: Juros altos (15%) frearam a economia brasileira, segundo o ministro Luiz Marinho.
Pernambuco registrou um desempenho econômico na contramão do cenário nacional em outubro de 2025. Enquanto o Brasil teve uma queda de 35% na criação de vagas em relação ao ano anterior, o estado dobrou a geração de empregos formais no mesmo período.
O resultado nacional é pior para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged (2020).
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados na quinta-feira (27), Pernambuco criou 10.596 novas vagas com carteira assinada em outubro. O número representa um crescimento de 105% na comparação com outubro de 2024, quando o saldo foi de 5.157 postos.
O resultado colocou o estado como o terceiro maior gerador de empregos do país no mês, superado apenas por São Paulo (18,4 mil) e Distrito Federal (15,4 mil). No acumulado do ano, Pernambuco soma 72.210 novos postos, um avanço de 6% sobre os dez primeiros meses de 2024.
"Isso representa que estamos no caminho para levar o Estado de volta à liderança do Nordeste", afirmou a governadora Raquel Lyra (PSD), celebrando o crescimento acima da média nacional.
Diferente do cenário nacional, onde a Indústria e a Construção fecharam vagas, em Pernambuco esses setores garantiram o resultado positivo. A Construção Civil liderou o acumulado do ano com 14.270 novos postos (+87%), seguida pela Indústria, que criou 9.153 vagas (+28%).
No recorte mensal de outubro, o setor de Serviços manteve o protagonismo, sendo responsável pelo maior volume de contratações, o que se reflete também na capital. O Recife foi a capital nordestina com o melhor desempenho, registrando um saldo positivo de 4.039 vagas, quase o dobro da segunda colocada, São Luís (MA).
A capital pernambucana concentrou cerca de 38% de todos os empregos gerados no estado.
Sobre o saldo de 85,1 mil vagas, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu a desaceleração à taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, que inibe investimentos.
Setores fundamentais como a Agropecuária (-9,9 mil) e a Indústria (-10 mil) tiveram desempenho negativo no país, contrastando com os números positivos dessas mesmas áreas em território pernambucano.