André Campos rebate auditoria do TCE sobre supostas irregularidades na Copergás

Mais cedo, o site informou que o TCE apontou que Copergás distribuiu R$ 113 milhões de forma irregular.

"A distribuição de dividendos da Copergás, nos anos de 21 e 22, foi baseada em decisão do Supremo Tribunal Federal e aprovada pelo conselho de administração e por todas as instâncias da empresa", segundo o ex-presidente André Campos, em nota ao site Jamildo.com.

Ele diz estar tranquilo com relação à questão e que isso "será observado pelas instâncias superiores do TCE."

Entenda a polêmica

TCE aponta irregularidades na distribuição de dividendos da Copergás em 2021 e 2022

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) identificou supostas irregularidades financeiras na distribuição de R$ 113,8 milhões em dividendos pela estatal Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) nos anos de 2021 e 2022.

Segundo um relatório preliminar, os valores pagos excederam os limites sustentáveis, comprometendo o caixa mínimo necessário para o funcionamento da empresa.

Excesso na distribuição de proventos

• 2021: R$ 44,59 milhões em dividendos pagos indevidamente.

• 2022: R$ 69,23 milhões também distribuídos acima do limite permitido.

• Total: R$ 113,8 milhões, com recomendação de devolução aos cofres da empresa.

O relatório da auditoria do TCE-PE aponta que parte dos valores distribuídos foi baseada em créditos tributários que não representavam fluxo de caixa real, tornando a distribuição inadequada.

Possível devolução dos valores

Se a recomendação do TCE for acatada, os acionistas terão que reembolsar os seguintes montantes:

• Governo do Estado: R$ 19 milhões.

• Mitsui (multinacional japonesa): R$ 47 milhões.

• Commit Gás (ex-Gaspetro): R$ 47 milhões.

Críticas à administração da Copergás

O relatório do TCE-PE também identificou falhas administrativas, destacando que a Diretoria Executiva, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal ignoraram princípios de legalidade, economicidade e eficiência. A estatal pernambucana era presidida pelo ex-deputado André Campos Wilson, nomeado pelo então governador Paulo Câmara.

Atualmente, o processo no TCE está em fase de notificações das defesas, sem data definida para julgamento. O espaço permanece aberto para esclarecimentos por parte da Copergás e dos citados no relatório.