Economia pernambucana cresceu 2% em relação a 2024, acima da média do Brasil no mesmo período. Indústria e serviços puxaram o resultado
por Cynara Maíra
Publicado em 23/12/2025, às 15h23 - Atualizado às 15h49
PIB de Pernambuco cresceu 2% no 3º trimestre, acima da média nacional de 1,8%.
Na comparação com o trimestre anterior, o estado avançou 1,7%, enquanto o Brasil estagnou em 0,1%.
Indústria (+2,3%) e Construção Civil (+7,7%) foram os destaques positivos da economia local.
A Refinaria Abreu e Lima impulsionou a indústria de transformação no estado.
Juros altos (Selic a 15%) e desaceleração global explicam o ritmo mais lento da economia nacional.
Segundo dados do Instituto de Gestão Pública de Pernambuco (IPGE) divulgados nesta semana, a economia de Pernambuco cresceu acima do nível nacional no terceiro trimestre de 2025.
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumentou 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O Brasil registrou alta de 1,8%.
Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o país teve uma avariação de apenas 0,1%, Pernambuco acelerou 1,7%.
"Pernambuco cresce com solidez e de forma sustentável a partir de uma decisão política do nosso governo em atuar junto ao setor produtivo", comemorou a governadora Raquel Lyra (PSD).
O motor desse crescimento foi o setor industrial, que avançou 2,3% no estado, superando o índice nacional de 1,7%. Dentro desse segmento, a construção civil disparou com alta de 7,7%.
A indústria de transformação, que inclui a Refinaria Abreu e Lima e o polo automotivo, também teve aumento no desempenho (+2,3%). Segundo a gestão Raquel, as mudanças na refinaria e a ampliação do parque industrial foram importantes para o resultado positivo.
O setor de serviços, que tem o maior peso na economia local, cresceu 1,4%, impulsionado pelas atividades imobiliárias (+2,7%) e pelo comércio (+2,4%). Já a agropecuária pernambucana teve alta de 6,5%, embora tenha ficado abaixo do desempenho nacional nesse recorte específico (10,1%).
Segundo o Governo Lula, a economia nacional está em desaceleração econômica por conta da manutenção de uma taxa Selic alta, atualmente em 15%. Esse índice pode gerar um freio para o consumo e investimentos, afetando principalmente a indústria de transformação nacional.
Além disso, o "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos desde agosto impactou pontualmente as exportações, embora o setor externo ainda tenha contribuído positivamente para o PIB brasileiro.