Dados da PNADC, analisados pelo Instituto Trata Brasil apontam uma realidade cruel de falta de saneamento básico concentrada no Norte e Nordeste
por Yan Lucca
Publicado em 23/11/2024, às 11h42
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), analisados pelo Instituto Trata Brasil, evidenciam uma grave disparidade no acesso ao saneamento básico no país. O estudo aponta que, em 2022, mais de 1,3 milhão de residências brasileiras não contavam com banheiros, uma realidade que impacta diretamente cerca de 4,4 milhões de pessoas.
Conforme os dados da pesquisa, as regiões que mais sofreram com a privação dos equipamentos sanitários foram o Norte e Nordeste, que concentram 63,1% (841 mil habitações) e 30,1% (401 mil habitações) dos casos, respectivamente.
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Os estados com destaque no Nordeste foram Maranhão, Bahia e Piauí com uma maior concentração de moradias sem banheiros. 4 a cada 100 moradias ainda não contavam com acesso exclusivo ao banheiro.
60,8% dos habitantes impactados estão concentrados no Nordeste, somando 2,68 milhões de habitantes. Enquanto no Maranhão, 13 a cada 100 pessoas viviam sem banheiro de uso exclusivo, um dos índices mais alarmantes da região.
Indo para a região Norte do país, estados como Pará e Amazonas estão entre os destaques negativos. Ao analisar a partir da população, 1,531 milhão de pessoas viviam sem banheiro, representando 34,7% do total nacional.
O pior número foi observado no Acre, em que aproximadamente 13 a cada 100 pessoas viviam em residências sem equipamento sanitário.
Ainda segundo o mesmo estudo, 60,7% da população morando em habitações sem banheiro estavam abaixo da linha de pobreza em 2022.
O mesmo Instituto Trata divulgou na semana passada outro recorte da pesquisa indicando que 46,2% das moradias brasileiras têm algum tipo de privação no saneamento.
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