Secretária estadual diz que Governo anterior não tinha projeto para tragédia do Jardim Monte Verde

"O Governo do Estado esteve aqui em março de 2023 e não havia projeto algum para essa área", diz Simone Nunes

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 27/06/2024, às 14h50

Fala crítica da secretária saiu no Diário Oficial do Estado - Janaína Pepeu/Secon
Fala crítica da secretária saiu no Diário Oficial do Estado - Janaína Pepeu/Secon

A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Simone Benevides, informou que a gestão Raquel Lyra (PSDB) não encontrou nenhum projeto para o Jardim Monte Verde, quando assumiu o Governo do Estado.

Essa comunidade, localizada entre os municípios do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, foi a mais afetada pelas fortes chuvas que resultaram em 133 mortes em maio de 2022. O Jardim Monte Verde registrou 21 vítimas.

“Essa é uma região de alto risco de deslizamento. O Governo do Estado esteve aqui em março de 2023 e não havia projeto algum para essa área. Trabalhamos bastante em parceria com o município para fazer a obra de contenção que vai garantir segurança para o talude mais crítico, no local onde ocorreram os deslizamentos de 2022”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes.

A intervenção, autorizada pelo Governo do Estado, tem uma ordem de serviço orçada em R$ 51,8 milhões e a previsão é que os serviços sejam concluídos até janeiro de 2026. Além disso, a gestão estadual lançou a nova etapa do programa Morar Bem - Reforma no Larna comunidade.

Essa intervenção beneficiará diretamente mais de 5 mil pessoas residentes na área do Jardim Monte Verde, além de impactar positivamente mais de 23 mil pessoas em Jaboatão e no Recife.

As obras abrangem três áreas principais: Av. Chapada do Araripe,Rua Alto Santa Isabel e Rua Alto do Parnaioca. O projeto também prevê a urbanização das áreas, com a instalação de praças, brinquedos e bancos, além de um plano de assistência social para conscientizar as pessoas sobre a importância de não expandir suas habitações para áreas impróprias.

O investimento total é de R$ 51,8 milhões, sendo R$ 38,1 milhões destinados à obra, R$ 2 milhões para supervisão dos serviços e R$ 11,7 milhões para desapropriações.