Preço da cesta básica cai em 24 capitais; Recife registra redução de 1,53%

Queda no valor da cesta básica foi registrada em 24 das 27 capitais brasileiras entre outubro e novembro, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta terça-feira (9) pela Conab e pelo Dieese. As maiores reduções ocorreram em Macapá (-5,28%), Porto Alegre (-4,10%), Maceió (-3,51%), Natal (-3,40%) e Palmas (-3,28%).

A Conab atribui o movimento à ampliação da oferta e ao resultado da produção agrícola. Para o presidente da estatal, Edegar Pretto, o cenário reflete impactos de políticas públicas. Ele afirmou que o país vive “a maior safra agrícola da nossa história, com o consumidor indo ao supermercado com um produto mais barato e de excelente qualidade”.

Entre as capitais pesquisadas, apenas Rio Branco (0,77%), Campo Grande (0,29%) e Belém (0,28%) registraram pequenas altas.

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O Dieese também atualizou a estimativa do salário mínimo necessário, calculado a partir do custo da cesta mais cara — neste mês, a de São Paulo. O valor indicado para garantir despesas essenciais de uma família de quatro pessoas foi de R$ 7.067,18 em novembro, equivalente a 4,66 vezes o salário mínimo vigente. Em outubro, a projeção era de R$ 7.116,83. No mesmo mês do ano anterior, o cálculo apontava R$ 6.959,31.

A parceria entre Conab e Dieese, firmada em 2024, ampliou o monitoramento de preços de 17 para 27 capitais, com divulgação regular desde agosto de 2025.

Recife registra queda de 1,53%

No Recife, o preço da cesta básica caiu 1,53% de outubro para novembro, fechando o mês em R$ 598,73. Na comparação com novembro de 2024, houve alta de 3,56%. No acumulado de 2025, a elevação é de 1,76%.

Cinco dos 12 produtos pesquisados apresentaram redução: tomate (-18,50%), arroz agulhinha (-3,50%), manteiga (-1,75%), açúcar cristal (-1,40%) e pão francês (-0,28%). Os demais itens tiveram alta, entre eles óleo de soja (5,02%), banana (1,53%), carne bovina de primeira (1,28%) e leite integral (1,05%).

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Nos últimos 12 meses, café em pó (48,53%) e banana (24,17%) lideram as altas, enquanto arroz agulhinha (-30,08%) e leite integral (-11,76%) registraram as maiores quedas.

O tempo necessário para um trabalhador remunerado com o salário mínimo adquirir a cesta no Recife caiu para 86 horas e 46 minutos em novembro. Em outubro, eram 88 horas e 07 minutos. Um ano antes, o tempo exigido era de 90 horas e 05 minutos, quando o salário mínimo era menor.

Considerando o salário mínimo líquido, descontada a contribuição previdenciária, a cesta comprometeu 42,64% da renda do trabalhador em novembro. Em outubro, o percentual havia sido de 43,30%, e em novembro de 2024, de 44,27%.