Obras vão modernizar a rede elétrica em Pernambuco e impulsionar energia renovável de Fernando de Noronha com implantação de usina solar flutuante
por Ana Luiza Melo
Publicado em 27/06/2025, às 09h33 - Atualizado às 10h28
Se você já ficou no escuro por horas, teve eletrodoméstico queimado com a oscilação da rede ou esperou dias por um reparo, saiba que a promessa é de dias melhores. A Neoenergia anunciou um plano de investimentos de R$ 952 milhões em Pernambuco para 2025. O foco, segundo a empresa, é tornar o serviço mais confiável, ampliar o atendimento e modernizar a rede elétrica.
A governadora Raquel Lyra recebeu a proposta no Palácio do Campo das Princesas, com metas que envolvem desde novas subestações no Recife e no interior até bases operacionais em cidades que sofrem com demora no restabelecimento da energia.
Durante a apresentação para a governadora, o CEO da Neoenergia Eduardo Capelastegui afirmou que Pernambuco ocupa posição estratégica no plano de expansão da companhia.
“A Neoenergia tem atuado de forma integrada com o poder público, priorizando investimentos que ampliem a confiabilidade e a capacidade do sistema elétrico. Nos últimos três anos, aportamos mais de R$ 28 bilhões em infraestrutura no Brasil, e Pernambuco é um eixo fundamental dessa estratégia. Estamos investindo com responsabilidade, contribuindo para o crescimento econômico e social do Estado e preparando o sistema para acompanhar esse avanço com segurança e eficiência”, afirmou.
A capital e região metropolitana estão no radar com a ampliação da subestação Tejipió (Recife), além de nova unidade em Maria Farinha, em Paulista. A empresa afirma que essas obras vão ajudar a reduzir as quedas de energia e garantir mais estabilidade na rede.
Além disso, novas lojas de atendimento foram abertas em Olinda e bases de operação foram entregues em Moreno e Ipojuca, com a expectativa de que o tempo de resposta em caso de falhas será mais rápido.
Quem mora no Agreste e Sertão deve ver melhorias com a expansão da infraestrutura. De acordo com o projeto, Garanhuns, Petrolina, Araripina e Surubim terão reforço nas subestações. Bases operacionais já foram instaladas em cidades como Bom Nome (Distrito de São José do Belmonte), Buíque, Exu, Cabrobó, Santa Cruz, Sertânia e Parnamirim.
Com essas estruturas, a Neoenergia promete reduzir o tempo de espera em situações de queda de energia, hoje um dos principais motivos de reclamação dos consumidores no interior.
No arquipélago de Fernando de Noronha, o plano é ousado. Por meio do projeto Noronha Verde, com R$ 350 milhões em investimentos, a Neoenergia quer cortar em até 85% as emissões de carbono associadas à geração de energia na ilha.
O destaque vai para a construção da primeira usina solar flutuante da empresa, no açude do Xaréu, com entrega prevista até setembro. A planta terá capacidade de atender metade da demanda da Compesa na ilha.