Polícia Militar afirma que foi ao local garantir acesso de não-grevistas do Metrô do Recife aos espaços da CBTU e que líder do Sindmetro foi liberado
por Cynara Maíra
Publicado em 03/11/2025, às 13h35 - Atualizado às 13h43
 PM Explica Condução: A PM-PE informou que foi ao Centro de Manutenção da CBTU para garantir o acesso de funcionários não-grevistas.
Liberação: Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, foi conduzido à viatura e liberado em seguida, pois nenhum funcionário quis registrar queixa.
Sindicato Protesta: O Sindmetro-PE classificou o ato como "abuso de autoritarismo" e "ataque ao direito de greve".
Greve: O Metrô do Recife está parado por tempo indeterminado, com as 37 estações fechadas nesta segunda (3).
Motivos: A categoria protesta contra o sucateamento do sistema, a privatização, e cita o recente incêndio em um trem como estopim.
A Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE) esclareceu, em nota ao Jamildo.com, a condução do presidente do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE), Luiz Soares, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (3), no Centro de Manutenção de Cavaleiro (CMC).
Segundo a corporação, o 25º Batalhão foi acionado para "garantir a passagem dos trabalhadores que não aderiram à greve" e queriam entrar no local.
A PM informou que o líder sindical "chegou a ser conduzido à viatura e, na sequencia, liberado". A liberação, de acordo com a nota, ocorreu porque "nenhum funcionário manifestou interesse em representar o ocorrido junto à autoridade policial".
A condução ocorreu por volta das 9h, no primeiro dia da greve por tempo indeterminado da categoria, que fechou todas as 37 estações do Metrô do Recife. O Sindmetro-PE classificou o incidente como um "ato de abuso e autoritarismo" e um "ataque direto à liberdade sindical e ao direito constitucional de greve".
A corporação ressaltou que as "tratativas da ocorrência seguem relacionadas ao possível desbloqueio e à garantia de acesso aos locais de trabalho aos funcionários que desejem não aderir ao movimento grevista".
A paralisação, que afeta cerca de 170 mil passageiros diariamente, foi aprovada na última quinta-feira (30). O estopim para o movimento foi um incêndio em um trem da Linha Centro, no dia 25 de outubro, que o sindicato aponta como reflexo do "sucateamento" do sistema.
Os metroviários cobram a liberação imediata de recursos federais para manutenção e a suspensão do processo de privatização do metrô. A categoria alega que o sucateamento é uma "decisão política" para justificar a concessão à iniciativa privada.
Após a condução de Luiz Soares em Cavaleiro, o sindicato manteve a programação de protestos e realizou um ato às 10h, com uma caminhada da Estação Recife até o Monumento Tortura Nunca Mais. A CBTU informou que "tomará todas as medidas legais cabíveis" para encerrar a greve. Uma nova assembleia dos metroviários está marcada para a quarta-feira (5).