CPRH identifica vazamento de combustível no Córrego da Malária, no Recife

Agência Ambiental investiga vazamento de querosene no Córrego da Malária, no Ipsep, e autua Aena por contaminação e degradação da fauna

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 05/11/2025, às 13h23

Imagem CPRH identifica vazamento de combustível no Córrego da Malária, no Recife

CPRH identificou despejo irregular de combustível no Córrego da Malária, no Ipsep.

Material tem características de querosene de aviação, possivelmente vindo do aeroporto.

Aena foi intimada a prestar esclarecimentos e acionou plano de emergência ambiental.

Empresa será autuada por contaminação de corpo hídrico e danos à fauna.

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) confirmou, na manhã desta terça-feira (4), a ocorrência de despejo irregular de combustível no Córrego da Malária, localizado no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. Técnicos do órgão constataram que o material tem características compatíveis com querosene de aviação, possivelmente oriundo do Aeroporto Internacional do Recife.

Durante a vistoria, os fiscais recolheram 47 animais, dos quais nove estavam mortos e 38 debilitados. Os sobreviventes foram encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangara), na Zona Norte da cidade, onde recebem cuidados veterinários.

A equipe também realizou inspeção no trecho do córrego que passa pela área do complexo aeroportuário e nos tanques de combustível do “Pool de Combustíveis”, operado pelas empresas Raízen, Air BP Brasil e Vibra Energia. No local, foram encontrados resquícios do produto e odor semelhante ao identificado no Ipsep, especialmente na saída da estação elevatória.

Aena é intimada e deve responder por contaminação

Segundo a CPRH, uma equipe do laboratório do órgão fará, nesta quarta-feira (5), a coleta de amostras no córrego e nas instalações do aeroporto para análise técnica do material. A Aena Brasil, administradora do terminal aeroportuário, informou que ainda não identificou a origem do vazamento, se de um dos tanques ou de veículos de abastecimento.

A empresa foi intimada pela CPRH a apresentar esclarecimentos e comunicou que acionou o plano de emergência ambiental, com barreiras químicas, sucção, contenção e limpeza das áreas afetadas. A Aena também afirmou que prepara um relatório com as possíveis causas do incidente.

De acordo com a CPRH, a administradora será autuada por contaminação de corpo hídrico e degradação da fauna. Outras medidas administrativas poderão ser aplicadas após a conclusão das análises laboratoriais e da contagem final dos animais resgatados, mortos e reabilitados.