Urbana-PE alega atraso nos subsídios, mas Grande Recife garante que pagamentos são feitos regularmente e sem atrasos
por Yan Lucca
Publicado em 22/01/2025, às 16h30
Após a paralisação de motoristas e cobradores de transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR), que afetou milhares de passageiros nesta quarta-feira (22), o Diretor-Presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Matheus Freitas, apresentou uma versão distinta das alegações feitas pela Urbana-PE.
Segundo Freitas, não houve atraso no repasse dos subsídios por parte do Governo de Pernambuco. Ele explicou que o problema decorreu da falta de alinhamento entre as empresas privadas e seus funcionários em relação ao adiantamento salarial de janeiro, previsto no acordo coletivo de trabalho.
"As empresas descumpriram o acordo de trabalho ao não informar e alinhar com os funcionários uma previsão de pagamento", disse em entrevista ao site Jamildo.com.
Freitas ainda destacou que os subsídios vêm sendo pagos regularmente e que o Grande Recife está apurando os fatos para adotar as medidas necessárias.
"O governo do estado faz os repasses financeiros, os chamados subsídios, mensalmente e rigorosamente em termos de datas. Por volta do dia 20 nós realizamos o pagamento dos subsídios para a empresa. Há uma obrigação do acordo coletivo de trabalho, das empresas realizarem o adiantamento dos salários para os empregados rodoviários, o que no próprio acordo coletivo de trabalho há previsão de uma impossibilidade de realização do pagamento do adiantamento, há como se flexibilizar a data para o pagamento. Não houve isso por parte das empresas do sistema e do sindicato dos rodoviários", afirmou.
Matheus disse ainda que recebeu com estranheza a informação de que as empresas não iriam pagar os salários devido ao suposto atraso nos subsídios. "Religiosamente, os subsídios são pagos nos dias 20 ou até mesmo antes", garantiu.
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A Urbana-PE, que representa as empresas do Consórcio de Transporte da RMR, justificou o atraso salarial pela suposta demora no pagamento dos subsídios pelo Governo do Estado, previsto para a última segunda-feira (20).
O Grande Recife, no entanto, desmentiu a informação e reforçou que os repasses têm sido feitos de forma regular, atribuindo o problema à gestão interna das empresas e a uma suposta "falta de alinhamento" com os seus funcionários.
Matheus Freitas afirmou que o Grande Recife tomará medidas para evitar novos episódios como este. "Iremos tomar ações e sanções, se for o caso, e acionar o Ministério Público para que ações como essas não ocorram."
A paralisação atingiu nove garagens e afetou linhas operadas por empresas como Metropolitana, Caxangá, Globo, Pedrosa, Borborema e São Judas Tadeu. Por volta das 12h, os salários foram pagos e o sistema voltou a operar normalmente.
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