Quem diz que não adianta lutar contra o sistema esconde a defesa de soluções ditatoriais

Opinionista José Araújo comenta genocídio promovido por Israel e arroubos autoritários por candidatos populistas que brilham criticando o "sistema"

José Araújo* | Publicado em 30/09/2024, às 08h35

Imagem da expulsão da orda de invasores que tentou destruir a sede dos três poderes, em Brasília - Foto: Joedson Alves / Agencia Brasil
Imagem da expulsão da orda de invasores que tentou destruir a sede dos três poderes, em Brasília - Foto: Joedson Alves / Agencia Brasil

Artigo exclusivo do Jamildo.com | José Araújo, escritor e engenheiro aposentado.

E as pessoas continuam com as suas artimanhas para obterem ganhos, não lícitos, sejam eles políticos, econômicos ou de poder.

Coincide no Brasil e EUA o advento das eleições, onde são pautadas discussões que denigrem a honra dos adversários, deixando de lado os programas de governo, estes sim de real importância para o povo, mas que são diminuídos ou minimizados nas campanhas.

E a massa é iludida, ou deixa-se iludir, por arroubos de muitos, notícias falsas, venda de mentiras, promessas vãs.

Na minha opinião, o pior é a assertiva de que não adianta lutar contra o sistema, que a política, em si, é um mal, como se uma nação pudesse existir sem ela. Aí surgem quase sempre a defesa de soluções ditatoriais, como se na própria ditadura não existisse política.

Quanta inocência, ou má fé ou ainda preguiça de pensar.

Atentados, assassinatos, desvios de dinheiro, aqui e alhures, são noticiados como parte da campanha política. Tudo muito errado, porém nada estranho, dizem alguns; faz parte da luta pelo poder, da liberdade de ser falso, mentiroso, corrupto, caluniador e, porque não, até assassino ou mandante de assassinos.

Quem tenta minimizar, ou mitigar, tais comportamentos é taxado de "ditador", e isso é que mostra o quanto temos ainda que evoluir política e socialmente. Há uma carência de discussões propositivas em favor do povo, da massa popular, repito, aqui e alhures.

Em outro contexto, no dia 26/09/2024, fomos surpreendidos com um discurso na ONU do primeiro-ministro israelense, vaiado no seu pronunciamento. Que me lembre não há registro histórico de tal acontecimento antes dessa data.

O mais ridículo é que discursava tentando justificar atos de vingança, cujas características estão mais próximos do genocídio.

Claro que ele não é cristão. Se fosse talvez tivesse em mente Romanos.12:19: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence à vingança; eu retribuirei, diz o Senhor". Essa determinação também está em Deuteronômio.32:35. Só nos resta pedir que Deus nos abençoe.

@blogdojamildo