Como o tema da imigração faz parte das eleições americanas, de forma enviesada, tendo sido a nação construída com base na força coletiva
Redação | Publicado em 05/11/2024, às 14h32
Veja abaixo a coluna do jornalista Jamildo Melopara a Rádio CBN Recife
No livro "Dopamina: a molécula do desejo", os autores Daniel Lieberman e Michael Long exploram como a dopamina, um neurotransmissor poderoso, influencia nossos comportamentos e desejos em várias áreas da vida, incluindo a política
Eles discutem como a dopamina pode impulsionar a busca por novas experiências e oportunidades, o que pode ser um fator importante para a imigração.
Embora o livro não aborde especificamente a imigração para os Estados Unidos, a ideia central é que a dopamina nos motiva a buscar constantemente mais, o que pode incluir a busca por melhores condições de vida, oportunidades de emprego e liberdade.
Isso pode ser um dos fatores que impulsionam as pessoas a migrarem para outros países, incluindo os Estados Unidos, em busca de uma vida melhor.
É este mesmo pais que nasceu da união de imigrantes de todas as partes do mundo que vai hoje às urnas, para eleger o próximo presidente nos EUA.
A disputa acirrada acontece entre Kamala Harris, do Partido Democrata, e Donald Trump, do Partido Republicano.
A disputa eleitoral tem sido marcada pela polarização. Os eleitores indecisos podem definir o resultado, apontado como um dos mais equilibrados das últimas décadas.
Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, observa que o desempenho recente do índice S&P 500, um dos índices de ações mais importantes e amplamente acompanhados nos mercados financeiros dos Estados Unidos e do mundo, SUGERE um viés de continuidade do governo democrata, embora tenha havido erros em previsões passadas.
Ele conta que o S&P 500 aponta para a manutenção do governo democrata com a vitória da Kamala Harris. Esse índice subiu mais de 10% recentemente.
No entanto, o parâmetro errou quatro vezes em 96 anos, inclusive na eleição de 2020 quando o Biden foi eleito e as apostas eram em Trump.
Na análise dos possíveis vencedores, os especialistas apontam cenários distintos para o mercado brasileiro.
Caso Donald Trump retome a presidência, acredita-se que o agronegócio brasileiro poderia sair fortalecido.
Empresas focadas no setor de grãos poderiam ser impulsionadas pelo aumento da demanda chinesa, que tradicionalmente busca alternativas ao mercado americano em períodos de tensão.
A mineração também ganharia destaque, com empresas podendo capitalizar sobre o aumento dos preços do aço.
Um eventual governo Harris poderia favorecer investimentos verdes e a demanda por minerais críticos, beneficiando mineradoras brasileiras, bem como empresas voltadas para energia renovável
Independentemente do resultado, os especialistas concordam que a eleição nos Estados Unidos trará volatilidade para o mercado global, e o Brasil não ficará imune a esse movimento.
O resultado eleitoral influencia nas decisões do Federal Reserve, o que pode afetar diretamente a economia brasileira.
E um dólar forte pode prejudicar a competitividade das exportações brasileiras, afetando por tabela negativamente a bolsa. Dai este alarido todo nos últimos dias.
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