Batalhão em São Lourenço: deputados repercutem após recuo do governo

Ana Luiza Melo | Publicado em 04/06/2025, às 15h27

Deputados Sileno Guedes e Romero Albuquerque repercutiram decisão da gestão estadual. - Foto: Wesley D'Almeida
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Deputados de oposição foram pegos de surpresa durante audiência pública que discutia a possível transferência do 20º Batalhão da Polícia Militar, localizado no município de São Lourenço da Mata. O debate ocorreu na Alepe, nesta quarta-feira (04), no Auditório Senador Sérgio Guerra, por iniciativa da Comissão de Assuntos Municipais.

É que no mesmo dia e horário, a gestão estadual anunciou, além da criação de cinco novos batalhões, a oficialização da decisão da governadora Raquel Lyra de manter o 20º BPM em São Lourenço.

Recentemente, no dia 12 de maio, conforme publicação do site Jamildo.com, o Governo de Pernambuco anunciou o investimento de mais de R$ 62 milhões no município de São Lourenço da Mata e a pemanência do 20º BPM.

Apesar da pauta da audiência ter caído, deputados da oposição marcaram presença repercutindo a questão. O deputado Sileno Guedes (PSB) afirmou que o Governo de Pernambuco estaria perseguindo o prefeito de São Lourenço da Mata, Vinicius Labanca, em razão do posicionamento político do gestor.

“O Governo do Estado precisa respeitar a militância política das pessoas. O Governo do Estado precisa respeitar os partidos políticos, aos quais cada um tem o direito e a liberdade de escolher", declarou.

Deputado propõe participação popular em decisões sobre estrutura da PM

O deputado estadual Romero Albuquerque também se manifestou durante a audiência. Para ele, decisões desse porte não podem ser tomadas sem ouvir a população e seus representantes

O parlamentar apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca institucionalizar a participação da Assembleia Legislativa em decisões estratégicas sobre segurança pública.  

A proposta, que ainda precisa do apoio de outros deputados para começar a tramitar, estabelece que transferências ou extinções de batalhões da Polícia Militar só poderão ocorrer com autorização prévia da Alepe.

O texto também exige que o Governo apresente estudos técnicos, exposição de motivos da Secretaria de Defesa Social e relatórios de consulta pública antes de qualquer decisão que envolva a remoção ou desativação de unidades operacionais.

 

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