Guarda municipal: Amupe sedia 1º seminário do programa Município Mais Seguro em Pernambuco

A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP) e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) realizam, nesta quarta-feira (26/11), o primeiro seminário do Programa Município Mais Seguro em Pernambuco, das 8h às 17h, na sede da Amupe.

Graças à articulação da Amupe, Pernambuco será o primeiro estado do país a receber o seminário, que aprofunda as ações do programa lançado em outubro pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta anunciou mais de R$ 171 milhões em investimentos.

A iniciativa do Ministério da Justiça busca fortalecer a atuação das guardas municipais.

O encontro reunirá mais de 200 integrantes de guardas municipais de 12 municípios, com programação técnica e formativa ao longo do dia.

Nesta mesma linha de atuação, no final a manha,  prefeito do Recife, João Campos, informou ao site Jamildo.com que estará no Compaz Governador Eduardo Campos, bairro da Linha do Tiro, para a formalização da adesão do Recife ao programa Município Mais Seguro.

A PCR fará a adesão à iniciativa do Ministério da Justiça para as guardas municipais.

Na ocasião, a PCR promete detalhar os investimentos, doações de equipamentos e ações de capacitação que o Recife passa a receber dentro do programa.

Segurança é principal preocupação após mortes em favelas do Rio

Após as mortes nas operações policiais no Complexo do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, diversas pesquisas nacionais registraram uma virada brusca no humor da população: a segurança pública ultrapassou a economia como principal preocupação dos brasileiros.

Segundo o levantamento Genial/Quaest, publicado logo após os episódios, 38% dos entrevistados apontam a violência e o crime organizado como maior problema do país — o índice mais alto desde 2023. A economia aparece em segundo lugar.

A mesma pesquisa mostra apoio maciço às ações policiais:

• 67% aprovam operações semelhantes às do Rio;
• 73% defendem classificar facções criminosas como terroristas;
• 88% querem penas mais severas para o crime organizado;
• 65% apoiam restringir visitas íntimas em presídios.

Outro levantamento, do Instituto Paraná Pesquisas, reforça a tendência: mais de 70% dizem que operações de grande porte devem ser expandidas para outras regiões do país. Ao mesmo tempo, a maioria não deseja esse tipo de ação na própria cidade, revelando um contraste entre discurso nacional e medo local.

No conjunto, os levantamentos indicam um movimento claro: a agenda da segurança tomou o lugar da economia no debate público e está influenciando diretamente a avaliação do governo federal e o posicionamento de governadores e pré-candidatos para 2026.