Cynara Maíra | Publicado em 06/10/2024, às 18h00
Simão Durando (União Brasil) saiu vitorioso na disputa pela Prefeitura do Petrolina. O resultado com 93,45% das urnas apuradas é de 59,24% dos votos válidos para o atual prefeito da cidade.
Quinto maior colégio eleitoral de Pernambuco, Petrolina poderia levar a disputa para o segundo turno, mas com mais de 50% dos votos válidos, o ex-vice-prefeito de Miguel Coelho (União Brasil) conseguiu sair vitorioso ainda no primeiro turno.
O resultado da disputa na cidade do sertão pernambucano ficou com:
Como os números dos levantamentos já apontavam ampla vantagem para reeleição de Simão Durando, o foco dos adversários do candidato foi atacar o atual prefeito.
Na série de sabatinas do Jamildo.com, diversos políticos pontuaram que Simão era apenas um laranja de Miguel Coelho e sua família. O termo "maquiado" foi muito utilizado por todos os candidatos, que citavam que a atual gestão enfeitava os números e a situação da cidade para assegurar a reeleição de Durando.
Um dos principais motes da campanha do atual prefeito foi a briga com a Compesa. Nesse contexto, o candidato defendeu a criação de uma rede de águas própria de Petrolina, independente do sistema estadual.
Um das propostas de governo que mais apresentou durante a campanha foi o de sanear todas as áreas urbanas da cidade.
Quando os demais candidatos não estavam focados em bater em Durando, havia uma competitividade sobre um possível voto útil.
Segundo lugar nas pesquisas, o ex-prefeito Júlio Lóssio defendeu durante a sabatina com Jamildo Melo que Lara Cavalcanti e Odacy Amorim desistissem de suas candidaturas para apoiá-lo.
Enquanto isso, tanto Lara quanto Odacy defenderam a tese de que a possibilidade de existir um segundo turno dependia de suas candidaturas, que traziam uma oposição direta para Durando.
O candidato do PT chegou a dizer que a família Coelho desejava que Lóssio fosse ao segundo turno porque "seria mais fácil de bater".
Apesar de ter candidatos diretamente apoiados por Lula (Odacy) e Bolsonaro (Lara), a polarização nacional parece não ter sido eficiente no pleito.
Uma rivalidade que tentou ser explorada no pleito foi a de João Campos (PSB) com Raquel Lyra (PSDB), já que Júlio Lóssio era apoiado pela governadora e Durando pelo prefeito do Recife.
Mesmo assim, o foco maior foi na rivalidade dos candidatos com a família Coelho, que tem Petrolina como principal reduto eleitoral. Desde o início da redemocratização, até 2006 a Prefeitura da cidade era alternada entre os primos Guilherme Coelho e Fernando Bezerra Coelho.
Nascido em Petrolina, Simão Durando é filho do ex-prefeito Simão Amorim Durando. Formado em Publicidade e Marketing, com pós-graduação em Gestão Empresarial, essa é a primeira eleição que concorre como líder de uma chapa ao Executivo.
Sua primeira eleição foi em 2020, como candidato a vice de Miguel Coelho. Durando assumiu a Prefeitura de Petrolina em 2022, quando Miguel renunciou para disputar o Governo do Estado.
Como candidato à reeleição, sua chapa tinha como vice o empresário Ricardo Coelho (União Brasil).