Plantão Jamildo.com | Publicado em 12/11/2025, às 17h00
Seguindo a agenda da COP 30, em Belém (PA), o Governo de Pernambuco apresentou nesta quarta-feira (12) o PErifaClima, iniciativa voltada à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em 20 territórios periféricos do Estado.
O projeto, com duração de um ano e investimento de R$ 2 milhões, será executado em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE), com participação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Rede GERA – Justiça Climática nas Periferias. A proposta busca criar uma rede comunitária de governança territorial, monitoramento e educação climática, fortalecendo políticas de adaptação e prevenção a desastres ambientais.
Durante o lançamento, foi destacada a importância da integração entre poder público, universidades e sociedade civil. A ação prevê a instalação de sensores meteorológicos de baixo custo, conectados via 3G e alimentados por energia solar, além da criação de uma plataforma digital colaborativa.
Também estão previstas formações para agentes comunitários, a elaboração dos Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação (PCRA), o uso de drones para mapear áreas de risco e a aplicação de inteligência artificial para análise dos dados coletados.
O secretário executivo de Periferias da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Pedro Ribeiro, afirmou que o projeto busca “cuidar de áreas historicamente vulneráveis”, destacando que as comunidades periféricas “são as mais impactadas pelos desastres decorrentes das mudanças climáticas”.
A plataforma digital PErifaClima terá dois módulos principais: um de monitoramento de desastres, que permitirá o acompanhamento de variáveis meteorológicas em tempo real, e outro voltado à educação, com conteúdos sobre letramento climático e gestão de riscos. A execução do projeto será feita de forma integrada entre o Governo, as universidades e as organizações comunitárias, articulando conhecimento científico e saberes locais.
A presidente da Rede GERA, Joice Paixão, ressaltou a relevância da atuação conjunta. “O convênio de hoje terá o que precisamos para salvar vidas. Se capacitamos quem está nos territórios e somamos os saberes populares com os acadêmicos, conseguimos fazer uma grande ação”, afirmou.
O projeto também prevê bolsas para estudantes e agentes comunitários, produção de materiais de apoio e comunicação, oficinas em diferentes regiões e conteúdos educativos sobre mudanças climáticas e prevenção de riscos. Entre os presentes na cerimônia estavam representantes de universidades, movimentos sociais, gestores públicos e parlamentares.
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