Jamildo Melo | Publicado em 26/08/2025, às 10h35 - Atualizado às 11h33
A mais recente pesquisa da Quaest sobre as eleições de 2026 em Pernambuco mostra quais são as preferências majoritárias dos eleitores em relação à polarização nacional.
O levantamento chegou a esta conclusão cruzando o voto dos entrevistados no segundo turno das eleições de 2022.
De acordo com a pesquisa, os eleitores de Bolsonaro são mais favoráveis ao governo Raquel Lyra, dando 33% de avaliação positiva e apenas 18% de avaliação negativa.
Os eleitores de Lula, por outro lado, são mais críticos com o atual governo. Eles dão 34% de positivo, mas dão também 31% de avaliação negativa para Raquel. É o dobro da taxa dos bolsonaristas.
Nesta seara de comparações nacionais, há outro dado bem interessante: uma leve maioria, de 44%, gostaria que o próximo governador ou governadora fosse uma figura independente.
40% defende que seja aliado a Lula, enquanto outros 13% defende que seja aliado a Bolsonaro.
Nesta atual configuração, os números podem dar uma pista pelos motivos pelos quais a governadora mantém uma posição neutra em relação a Lula. Também explica porque o PSB tenta jogar os 40% aderentes a Lula sobre ela.
No quadro geral, a pesquisa Quaest apontou que as áreas de educação e habitação são as mais bem avaliadas.
Os calos de Raquel estão em segurança (38% de negativo) e saúde (com 33% de negativo). O transporte público também tem 35% de avaliação negativa.
Um dado problemático para Raquel Lyra, na pesquisa Quaest, é o fato de não conseguir converter a avaliação maior do que a rejeição (51%) em intenção de votos (na casa dos 24%).
O resultado disto é que 54% dos entrevistados responderam não, quando questionados se achavam que Raquel Lyra merecia ser reeleita. 43% disseram sim, que merecia ser reeleita. 3% não sabe ou não respondeu.
O presidente Lula tem 62% de aprovação e 37% de desaprovação. Por aqui, até quem ganha mais do que 5 salários mínimos aprova Lula, com 58%. A maior aprovação esta no publico de até 2 salários mínimos, com 66% de aprovação.
Agora aponta um desafio para o petista. São os eleitores que ele precisa recuperar. Entre os entrevistados que votaram no PT, no segundo turno de 2022, 14% desaprova o governo Lula III. Entre os brancos e nulos, ou não foi votar, este índice de reprovação chega a 54%.
De acordo com os dados compartilhados com o site Jamildo.com, 61% dos entrevistados em Pernambuco conhece e não votaria em Bolsonaro. 36% conhece e votaria. Os índices de rejeição de Michelle (47%), Eduardo Bolsonaro (54%), Flávio Bolsonaro (52%) também são elevadas. Tarcísio de Freitas tem uma taxa de rejeição de 25% em Pernambuco.
Lula é tão forte politicamente no Estado que, em um eventual embate no segundo turno de 26, ele teria 61% a 27% contra Bolsonaro e 63% a 24% contra Tarcísio de Freitas.
João Campos aparece com 55% das intenções de voto. Raquel tem 24% e Gilson Machado, 6%. Eduardo Moura pontua com 4%.
51% aprova o governo Raquel e 45% desaprova. Na avaliação de governo, 36% acha regular, 32% acha positivo e 28% acha negativos. Esses números estão em média desde julho de 24.
Segundo a pesquisa Quaest, o público de 31 a 50 anos, é o mais crítico, com 33% de negativo. Acima dos 51 anos, é o mais tolerante, com 37% de positivo.
Quem tem até o ensino médio é o mais crítico, com 30% de negativo. Também é a faixa que oferece a melhor taxa de positivo, com 37%.
Por renda, a maior cobrança é do público com dois salários mínimos, com 31%. O público que tem mais de cinco salários mínimos é o que está mais satisfeito com o governo Raquel, com 40% de positivo.
Com foco em eleitorado evangélico, União Progressista em Pernambuco cria Conselho Cristão na legenda
Com ordem de serviço em São José, João Campos aposta em entregas habitacionais no Recife
Comissão de Finanças da Alepe aprova empréstimo de Raquel Lyra, mas mantém repasse aos municípios