Cynara Maíra | Publicado em 24/06/2025, às 07h18 - Atualizado às 08h00
A nova edição da Simplex divulgada nesta semana de São João questionou os eleitores de Pernambuco quem seriam as suas escolhas para o Senado no próximo ano.
Cerca de um ano antes do período eleitoral oficial, o levantamento demonstra que a maioria dos entrevistados afirmou que não sabe ou não quis responder, totalizando 28% da amostra.
O índice de brancos e nulos também leva vantagem contra o número dos candidatos, com 17,7%. Essa situação garante maior possibilidade de crescimento para todos os pleiteantes ao Senado.
Apesar disso, o levantamento mostra uma alta disputa entre os principais nomes cogitados para entrar no pleito em 2026.
Com margem de erro de 4 pontos percentuais, a maioria dos políticos está tecnicamente empatada nos votos totais (que incluem brancos/nulos e não soube ou não quis responder) e nos votos válidos.
Confira todo conteúdo em um material interativo produzido pelo Jamildo.com
Liderando numericamente está a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), que fica com 13,3% dos votos totais.
Apesar de ter a vantagem nos números, na disputa total, Marília só evita o empate técnico com o ministro dos Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho (Republicanos), que fica na última opção.
0,7% pontos abaixo de Marília está o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), com 12%.
Nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) fica na terceira posição com 9,3%.
Apesar de constar no levantamento, o presidente estadual da legenda liberal, Anderson Ferreira, tem a ambição de se lançar ao Senado, o que pode gerar novas legendas no partido.
Atual senador, Humberto Costa (PT) fica abaixo de Gilson, com 8,1%.
Na penúltima posição está o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), com 6,8%. O presidente do UB em Pernambuco é o último a empatar com Marília na margem de erro.
Silvio Costa Filho ficou na última posição do levantamento, com 4,8% das intenções.
Veja os números totais:
Marília Arraes: 13,3%
Eduardo da Fonte: 12%
Gilson Machado: 9,3%
Humberto Costa: 8,1%
Miguel Coelho: 6,8%
Silvio Costa Filho: 4,8%
Branco/nulo: 17,7%
Não sabe/Não respondeu: 28%
Já os números válidos, quando se ignora brancos, nulos e não respondentes, fica com:
Marília Arraes: 24,5%
Eduardo da Fonte: 22,1%
Gilson Machado: 17,1%
Humberto Costa: 14,9%
Miguel Coelho: 12,5%
Silvio Costa Filho: 8,9%
O levantamento não colocou o nome da vereadora Jô Cavalcanti (PSOL), que já se lançou como candidata do partido ao Senado.
Atual senador, Fernando Dueire (MDB), também não foi adicionado no questionário estimulado. Após a vitória de Raul Henry contra Jarbas Filho na eleição pela presidência do MDB, é difícil que o Dueire consiga se lançar ao Senado.
Isso porque Raul defende que o partido esteja ao lado do prefeito João Campos (PSB) em um pleito pelo Governo de Pernambuco, enquanto o senador e Jarbas Filho estão posicionados com a governadora Raquel Lyra (PSD).
Os levantamentos nesse ano pré-eleição podem ter impacto direto nas escolhas partidárias de quais serão os nomes lançados ao pleito.
Dos seis citados na pesquisa, quatro podem compor a chapa de dois nomes ao Senado de uma eventual coligação de João Campos.
Apesar do debate sobre a presença de Humberto Costa ao lado de João Campos, Miguel Coelho, Silvio Costa Filho e Marília Arraes têm se posicionado como concorrentes ao posto.
No PodJá – O podcast do Jamildo, Marília Arraes defendeu o nome de João Campos. Mais cauteloso pós-federação entre União Brasil e PP, Miguel Coelho focou em apresentar seu nome como uma alternativa ao Senado e fazer críticas mais indiretas à gestão Raquel Lyra.
A pesquisa Simplex entrevistou por telefone 600 eleitores de 111 municípios pernambucanos no dia 08 de junho de 2025. A margem de erro é de 4 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
Carteira assinada segue como prioridade para maioria dos brasileiros, aponta Datafolha
Pré-candidatos ao Senado aproveitam São João para fortalecer presença política no interior de Pernambuco
Raquel Lyra e João Campos no interior: políticos usam festejos para ampliar influências ao redor do estado