Paulo Okamotto, dirigente do PT, comenta prisão do ex-presidente Bolsonaro: "merece ficar na cadeia"

Plantão Jamildo.com | Publicado em 06/12/2025, às 11h10 - Atualizado às 11h12

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Presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto afirmou que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro não deveria ser tratada com deboche por setores da esquerda e defendeu que o episódio seja usado para relembrar, segundo ele, decisões e posicionamentos adotados pelo ex-mandatário durante seu governo. As declarações foram dadas em entrevista ao PodJá – o podcast do Jamildo, que vai ao ar neste sábado (6), às 14h.

Ao comentar manifestações públicas de celebração após a detenção do ex-presidente, Okamotto disse que o gesto não contribui para o debate político. 

Não é ficar tirando sarro da prisão dele. Acho que a gente tem que lembrar quem foi esse sujeito e qual foi seu comportamento na pandemia, o que ele pensava sobre as mulheres e as crianças”, afirmou.

O dirigente histórico do Partido dos Trabalhadores afirmou ainda que o episódio deve servir para reflexão sobre o processo eleitoral que levou Bolsonaro ao Planalto. “Como brasileiro, fico envergonhado de termos elegido [sociedade] um presidente como Bolsonaro. O que fizemos de errado para permitir que o povo elegesse uma pessoa com esse perfil?”, disse.

Okamotto defendeu que o ex-presidente responda integralmente aos processos judiciais. “Acho que ele merece ficar preso e, se depender de mim, vai cumprir até o último dia da pena”, declarou.

Ao avaliar o cenário eleitoral de 2022, o presidente da Fundação Perseu Abramo afirmou que a disputa foi marcada por uma “comunicação política agressiva” e por forte batalha de narrativas.

Paulo lembrou que o governo Bolsonaro utilizou medidas econômicas excepcionais na reta final do mandato, como o Bolsa Família "turbinado", o que, em sua avaliação, ampliou sua competitividade diante do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que liderava as pesquisas. “Se gastasse mais um pouco na metade do ano, tinha sido eleito novamente”, afirmou.

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