Cynara Maíra | Publicado em 26/12/2025, às 13h42 - Atualizado às 14h14
Um novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta semana, aponta o presidente Lula (PT) na liderança de todos os cenários de primeiro turno para as eleições de 2026.
Apesar disso, os dados mostram o senador Flávio Bolsonaro (PL) como o principal nome do campo conservador e disputas acirradas no segundo turno.
No confronto direto estimulado, Lula aparece com 37,6% das intenções de voto, contra 27,8% de Flávio Bolsonaro.
A pesquisa foi a campo entre os dias 18 e 22 de dezembro, período próximo à oficialização de Flávio como sucessor político de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente, atualmente preso e inelegível, indicou o filho "01" através de uma carta manuscrita divulgada na quinta-feira (25).
Um dos pontos para a escolha de Flávio seria a fidelidade do eleitorado. A pesquisa mediu quem teria mais chance de receber o voto caso Jair Bolsonaro não fosse candidato.
Flávio aparece como o herdeiro direto mais forte, com 20,6% da preferência. O número supera o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que registra 13,7%, e o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com 10,3%.
Ainda assim, o desafio da oposição seria a indecisão. O índice de eleitores que afirmam que não votariam em "nenhum desses" na ausência de Jair Bolsonaro chega a 27,3%.
As simulações de segundo turno mostram polarização intensa. Contra Tarcísio de Freitas, Lula teria 44,0% e o governador 42,5%. A diferença está seria um empate técnico, dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Já em um eventual embate entre Lula e Flávio Bolsonaro, o petista marca 44,1% contra 41,0% do senador. Contra Michelle Bolsonaro, o placar seria de 44,8% a 41,4% a favor do atual presidente.
A performance de Flávio na pesquisa valida a estratégia adotada pela família Bolsonaro nesta semana. Antes de passar por uma cirurgia de hérnia inguinal, o ex-presidente escreveu uma carta para tentar encerrar as disputas internas pelo seu espólio político.
No texto, Jair afirmou que a decisão de indicar Flávio seria uma forma de não permitir que a "vontade popular seja silenciada" e descreveu o ato como a entrega do "próprio filho para resgatar o nosso Brasil".
A escolha por Flávio, em detrimento de Tarcísio, buscaria manter o controle do capital político dentro do núcleo familiar e evitar a transferência de hegemonia para uma liderança autônoma.
O levantamento do Paraná Pesquisas ouviu 2.038 eleitores em 163 municípios de 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%.
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