Cynara Maíra | Publicado em 16/09/2024, às 07h29
O debate da TV Cultura com os candidatos à Prefeitura de São Paulo no domingo (15) manteve o cenário de ataques entre os adversários. O ápice das desavenças ocorreu quando Datena (PSDB) bateu no ex-coach Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
Com o primeiro bloco marcado por perguntas do apresentador Leão Serva, o debate iniciou com a expectativa de que seria diferente da programação da TV Gazeta com o MyNews, quando os políticos focaram em acusações em vez de proposições e uma agressão entre Datena e Marçal quase ocorreu.
Já no segundo bloco, os ataques iniciaram, com o aumento das tensões entre Datena e Marçal. O ex-coach afirmou que o apresentador de TV assediou uma mulher, chamou-o de "Dapena" e questionou quando Datena iria desistir dessa campanha, em referência a outras desistências do candidato.
A "cadeirada" ocorreu logo após Marçal desafiar Datena, chamando-o de "arregão" ao citar o episódio de quando o apresentador saiu de seu púlpito no debate da TV Gazeta/MyNews para tentar agredi-lo.
Com o ex-coach a afirmar que o candidato do PSDB "não era homem nem para fazer isso", Datena atingiu Marçal com a cadeira da candidata Maria Helena, do partido Novo. Após a agressão, a equipe da TV Cultura iniciou os comerciais.
Informações dos bastidores relatam que Marçal chamou o apresentador da Band para briga, mas que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), segurou Datena quando ele já tentava pegar uma nova cadeira para lançar no ex-coach.
Com a retomada do debate, a TV Cultura anunciou que Datena tinha sido expulso do programa e que Marçal deixou o debate para receber tratamento médico. Após dizer que não se arrependia da agressão, o apresentador da Band também foi levado a um hospital.
Durante a programação, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes usaram o momento para se solidarizar de Datena, que afirmam ter sido provocado por Marçal a ponto de "perder a cabeça".
A retomada do programa sem Datena e Marçal não finalizou a onda de ataques entre os políticos no local.
Após Boulos afirmar que o prefeito de São Paulo estava sendo investigado pela Polícia Federal, Nunes questionou se o candidato do PSOL tinha "cheirado", em referência às acusações de Marçal de que Guilherme era viciado em cocaína.
Nesse cenário, a apresentação de propostas ficou apenas para o primeiro bloco e poucas falas durante o debate.
A tensão entre os principais candidatos deve continuar nos próximos debates, ainda nesta semana ocorrerão duas novas programações que colocarão os políticos em interação. Veja os próximos dias de debates em São Paulo:
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