João Campos gastou na campanha mais do que recebeu em doações até agora

Despesas informadas no sistema do TSE, por enquanto, superam as receitas da campanha via doações

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 15/09/2024, às 08h43

João Campos, neste sábado, prestigiando inauguração do comitê de Suzi Rodrigues - Jamildo.com
João Campos, neste sábado, prestigiando inauguração do comitê de Suzi Rodrigues - Jamildo.com

O candidato à reeleição a prefeito do Recife, João Campos (PSB), por enquanto, gastou na campanha mais do que arrecadou em doações.

Os dados são oficiais e informados pelo sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consultado em 14 de setembro pelo site Jamildo.com.

Segundo o sistema da Justiça Eleitoral, as receitas da campanha de João Campos foram, até o momento, de R$ 4.867.500,00.

As despesas, no entanto, ficaram em R$ 5.008.475,05. Ou seja, até agora há um déficit de R$ 140.975,05 na campanha.

Até agora João Campos só teve dois doadores. O diretório nacional do PSB, como o site Jamildo.com já tinha revelado, enviou R$ 4.837.500,00 para a campanha de João.

O diretório municipal do PSB, por sua vez, enviou R$ 30.000,00.

Segundo especialistas em direito eleitoral, as despesas serem maiores que as receitas não é um problema jurídico. Inclusive, até o final da campanha o diretório nacional do PSB pode enviar mais recursos e cobrir todas as despesas.

O limite de gastos para todos os candidatos a prefeito, no primeiro turno, é R$ 9.776.138,29.

Assim, o PSB poderia enviar para João Campos mais R$ 4.908.638,29 em doações até o final do primeiro turno. Não existe, assim, possibilidade de descompasso porque o Recife é uma das praças prioritárias para os socialista em todo Brasil, por ter sido berço de Miguel Arraes e Eduardo Campos.

Segundo especialistas, é normal os partidos não enviarem todo o dinheiro previsto para os candidatos de uma vez.

Carne de porco em hospital

Quando os candidatos são muito ruins de voto, é normal até os partidos evitarem o envio de recursos, de modo a não desperdiçar verbas preciosas para os partidos. Nos meios políticos, eles são conhecidos como "carne de porco em hospital", algo indesejável e que não teria como oferecer recuperação para um  doente.

@blogdojamildo