Manoel Medeiros, acusado de integrar “milícia digital”, nega irregularidades e cita intimidação

Plantão Jamildo.com | Publicado em 20/08/2025, às 19h37

manoel medeiros assessor priscila krause - REPRODUÇÃO/ Centro de Liderança Pública
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Em nota divulgada nas redes sociais, o assessor do governo de Pernambuco Manoel Pires Medeiros Neto, acusado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), de atuar como mentor de um esquema de “milícia digital” contra parlamentares, afirmou que foi alvo de uma tentativa de intimidação e que não deixará de exercer o seu trabalho.

Recebi com surpresa o fato de a Polícia Legislativa do Estado de Pernambuco ter sido acionada para me investigar – simplesmente porque, repito, no exercício da minha cidadania, levantei e solicitei aos órgãos competentes apuração sobre indícios de irregularidades”, declarou Medeiros Neto em nota.

O jornalista confirma que produziu a denúncia contra Dani Portela (PSOL), mas nega envolvimento em irregularidades e disse que utilizou ferramentas de anonimato apenas para preservar a sua integridade pessoal. “Trata-se de um meio garantido pelas leis brasileiras. Tudo isso fora do horário de expediente e nas dependências de um shopping center, como expuseram os dados da investigação legislativa a que fui legalmente submetido”, registrou.

Medeiros Neto também afirmou ter sido alvo de exposição indevida. “Fui invadido e exposto simplesmente por denunciar um possível esquema de corrupção”, disse.

Confira a nota na íntegra: 

NÃO ME INTIMIDAREI À VELHA POLÍTICA

O combate à corrupção está no meu DNA. Exercer livremente a cidadania é uma conquista da Constituição, expressada na garantia do estado democrático de direito. Como jornalista, esse sempre foi o meu caminho. É e continuará sendo. Nesse âmbito, recebi com surpresa o fato de a Polícia Legislativa do Estado de Pernambuco ter sido acionada para me investigar – simplesmente porque, repito, no exercício da minha cidadania, levantei e solicitei aos órgãos competentes apuração sobre indícios de irregularidades.

Utilizei o anonimato para, obviamente, preservar a minha integridade. Trata-se de um meio garantido pelas leis brasileiras. Tudo isso fora do horário de expediente e nas dependências de um shopping center, como expuseram os dados da investigação legislativa a que fui ilegalmente submetido. Fui invadido e exposto simplesmente por denunciar um possível esquema de corrupção.

Diante das ameaças veladas, das acusações levianas e da tentativa de criminalizar o livre exercício da minha cidadania e do meu ofício jornalístico levantadas hoje pelo presidente do Poder Legislativo estadual, no plenário da Casa de Joaquim Nabuco, me posiciono rechaçando as tentativas de intimidação e – mais importante – sublinhando a necessidade de proteção à minha integridade física – e dos meus.

Por fim, tenho a confiança de que as denúncias serão apuradas como se deve. Pernambuco não se dobrará à velha política. A intimidação – típica dos tempos de regimes totalitários – precisa ficar pra trás.

Na mensagem, ele rejeitou as acusações apresentadas no plenário da Alepe pelo presidente da Casa. “Diante das ameaças veladas, das acusações levianas e da tentativa de criminalizar o livre exercício da minha cidadania e do meu ofício jornalístico, me posiciono rechaçando as tentativas de intimidação”, afirmou.

Por fim, o jornalista disse confiar na apuração das denúncias. “Pernambuco não se dobrará à velha política. A intimidação – típica dos tempos de regimes totalitários – precisa ficar pra trás.”

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